Hamas justifica ataque contra "conspirações israelitas" e admite erros

O movimento islamita Hamas afirmou hoje que o ataque de 07 de outubro contra Israel foi "um passo necessário" e "uma resposta normal" às "conspirações israelitas contra o povo palestiniano", admitindo erros durante a ação, que matou 1.140 pessoas.

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© JACK GUEZ/AFP via Getty Images

Lusa
21/01/2024 14:52 ‧ 21/01/2024 por Lusa

Mundo

Israel

Num comunicado hoje divulgado e citado pela agência France-Presse (AFP), o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) referiu que no "caos" em torno da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, "talvez tenham sido cometidos erros".

O grupo islamita, considerado terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel, negou ter visado civis, exceto "por acidente e durante os confrontos com as forças de ocupação".

O ataque, sem precedentes pela sua violência e dimensão, fez 1.140 mortos, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas, incluindo mais de 360 festivaleiros em Reim.

Neste documento de quase 20 páginas, o primeiro do género, o Hamas afirma querer dar a sua "versão dos factos".

"Podem ter sido cometidos erros na execução da operação 'Inundação de al-Aqsa', devido ao súbito colapso do aparelho militar e de segurança ao longo da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza", afirma o movimento islamita, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.

"Evitar ferir os civis, em particular as crianças, as mulheres e os idosos, é uma obrigação religiosa e moral dos combatentes das brigadas al-Qassam", sublinha, referindo-se ao seu braço armado.

Israel está atualmente a investigar relatos de violência sexual cometidos por militantes do Hamas durante o ataque.

Cerca de 250 pessoas foram feitas reféns nestes ataques e, segundo Israel, 132 pessoas continuam cativas na Faixa de Gaza - 27 das quais morreram, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Na resposta a estes ataques, Israel desencadeou desde então operações militares por ar, terra e mar, que, segundo o Hamas, mataram mais de 25.000 palestinianos, na sua grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, e fizeram mais de 62 mil feridos.

[Notícia atualizada às 16h26]

Leia Também: Israel. Conflito já provocou mais de 25 mil mortos em Gaza desde outubro

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