Num comunicado hoje divulgado e citado pela agência France-Presse (AFP), o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) referiu que no "caos" em torno da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, "talvez tenham sido cometidos erros".
O grupo islamita, considerado terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel, negou ter visado civis, exceto "por acidente e durante os confrontos com as forças de ocupação".
O ataque, sem precedentes pela sua violência e dimensão, fez 1.140 mortos, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas, incluindo mais de 360 festivaleiros em Reim.
Neste documento de quase 20 páginas, o primeiro do género, o Hamas afirma querer dar a sua "versão dos factos".
"Podem ter sido cometidos erros na execução da operação 'Inundação de al-Aqsa', devido ao súbito colapso do aparelho militar e de segurança ao longo da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza", afirma o movimento islamita, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
"Evitar ferir os civis, em particular as crianças, as mulheres e os idosos, é uma obrigação religiosa e moral dos combatentes das brigadas al-Qassam", sublinha, referindo-se ao seu braço armado.
Israel está atualmente a investigar relatos de violência sexual cometidos por militantes do Hamas durante o ataque.
Cerca de 250 pessoas foram feitas reféns nestes ataques e, segundo Israel, 132 pessoas continuam cativas na Faixa de Gaza - 27 das quais morreram, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Na resposta a estes ataques, Israel desencadeou desde então operações militares por ar, terra e mar, que, segundo o Hamas, mataram mais de 25.000 palestinianos, na sua grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, e fizeram mais de 62 mil feridos.
[Notícia atualizada às 16h26]
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