"A UE continua preocupada com as crescentes tensões no Estreito de Taiwan e opõe-se a qualquer tentativa unilateral de alterar o 'status quo'", afirmou, num comunicado, o porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
"A UE sublinha que a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são essenciais para a segurança e a prosperidade na região e no mundo", acrescentou.
William Lai Ching-te, considerado pela China como um "sério perigo" devido às suas posições pró-independência, lidera a votação realizada hoje, segundo resultados oficiais parciais.
Ao início da noite em Taiwan, o vice-Presidente cessante, Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista (DPP), obteve 41,6% dos votos, segundo os resultados oficiais que abrangem mais de 60% das mesas de voto apuradas.
William Lai Ching-te, 64 anos, foi descrito por Pequim como um "sério perigo" devido às posições do seu partido, que afirma que a ilha é de facto independente.
O seu principal adversário, Hou Yu-ih, 66 anos, candidato do Kuomintang (KMT), que defende a aproximação com Pequim, obteve 33,2% dos votos, segundo esta contagem da Comissão Eleitoral Central.
O terceiro candidato, Ko Wen-je, de 64 anos, do pequeno Partido Popular de Taiwan (TPP) e que se apresenta como antissistema, seguia em terceiro lugar, com 25,3%.
Os taiwaneses também votaram para a renovação dos 113 assentos no parlamento, onde o DPP poderá perder a maioria.
Nas cerca de 18 mil assembleias de voto, cada boletim de voto foi recolhido e lido em voz alta pelos responsáveis pela contagem - um processo aberto ao público - antes de ser contado.
As urnas fecharam às 16h00 locais (08h00 em Lisboa) neste território de 23 milhões de habitantes localizado a 180 quilómetros da costa chinesa e aclamado como modelo de democracia na Ásia.
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