Testemunha de Jeová denuncia hospital após receber transfusão de sangue

Considerando que os seus princípios não foram respeitados, mulher decidiu recorrer à justiça espanhola. Insatisfeita com a decisão, recorreu ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

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Notícias ao Minuto
10/01/2024 12:14 ‧ 10/01/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos vai analisar, esta quarta-feira, a  denúncia de uma mulher jeová que apresentou uma queixa contra um hospital de Madrid, Espanha, por lhe ter realizado uma transfusão de sangue.

O tribunal de Estrasburgo fez saber que vai ouvir as alegações da mulher, de nacionalidade equatoriana, residente em Soria, e que, sendo testemunha de Jeová, é contra a transfusão de sangue.

A queixosa decidiu recorrer ao tribunal europeu após o sucedido em 2018. Devido a um problema de saúde, esta foi sujeita a uma cirurgia, tendo na altura assinado um documento em que se negava a receber qualquer transfusão de sangue, mesmo que a sua vida estivesse em perigo.

A mulher deu entrada no Hospital de Soria para se submeter à operação, mas uma hemorragia obrigou a que fosse transferida para Madrid. Sabendo que esta era testemunha de Jeová, a administração hospitalar contactou um juiz de serviço para saber o que havia de fazer, sendo que este, sem conhecer  a identidade nem as crenças da doente, autorizou que fossem tomadas todas as medidas necessárias para lhe salvar a vida, noticia o ABC.

Na sequência do sucedido, a mulher apresentou queixa junto do Tribunal Constitucional, que terá ignorado as suas alegações. Em causa está o facto de se afirmar que a mulher estava lúcida no momento em que foi levada para a sala de operações e nada terá dito. Uma alegação que esta nega, mas em que não há nada que o comprove.

Posto isto, a doente decidiu recorrer a Estrasburgo para apresentar uma queixa contra Espanha, a quem acusa de não respeitar a vida privada nem a liberdade de pensamento, consciência e religião dos seus cidadãos.

Depois de ouvir os envolvidos, os magistrados discutirão em privado o sucedido, sendo que a decisão final deverá ser conhecida numa data posterior. 

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