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Sistema de saúde em Wad Madani, no Sudão, "entrou em colapso"

Os hospitais e centros médicos da cidade de Wad Madani, capital do estado de Al-Jazira, no Sudão, foram completamente inutilizados e o sistema de saúde "entrou em colapso", denunciou hoje o Sindicato dos Médicos do Sudão.

Sistema de saúde em Wad Madani, no Sudão, "entrou em colapso"
Notícias ao Minuto

16:57 - 22/12/23 por Lusa

Mundo Sindicato dos Médicos

"Todos os centros de saúde da cidade estão fora de serviço e o sistema de saúde entrou em colapso", afirmou o sindicato num comunicado divulgado pelo portal de notícias sudanês Al Jurae.

A organização recorda que a cidade de Wad Madani tornou-se num ponto estratégico para a transferência de ajuda sanitária para outras partes do país em guerra e serviu de centro de acolhimento para dezenas de milhares de pessoas deslocadas internamente.

Desde segunda-feira, a cidade está nas mãos do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), que entrou em Wad Madani sem oposição após uma retirada surpresa das forças militares que defendiam a cidade.

Na quinta-feira, o chefe do exército, o general Abdel Fattah al-Burhane, prometeu que os responsáveis pela ordem de retirada seriam punidos sem recurso.

"Cada soldado cumpre o seu dever com honestidade. Aqueles que forçaram esta retirada serão impiedosamente responsabilizados", declarou o general num discurso relatado pelo Sudan Tribune.

Al-Burhane, chefe do Conselho Soberano do Sudão, denunciou que "certas potências mundiais e regionais" estão a cooperar ativamente com as RSF no conflito armado.

Nos Estados Unidos, os membros da Comissão dos Serviços Armados e dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes apontaram diretamente o dedo aos Emirados Árabes Unidos, por fornecerem "apoio militar aos horríveis crimes de guerra que as RSF estão a cometer no Sudão", segundo disse a deputada Sara Jacobs, na quarta-feira.

As RSF, em resposta, garantiram que a ofensiva que iniciaram na passada sexta-feira, tanto na cidade como no estado de Al-Jazira, de que é capital, era de facto uma resposta a uma acumulação de forças inimigas por parte do exército sudanês e insistiram que tinham respeitado sempre o direito humanitário.

Desde abril, a guerra entre o exército e as RSF já causou pelo menos 12 mil mortos e mais de sete milhões de deslocados neste país da África Oriental, segundo as Nações Unidas.

Leia Também: Sudão tem a maior crise de deslocados com 7,1 milhões de refugiados

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