Médico indiciado e detido no Brasil após morte de 42 pacientes
Após mais de um ano a ser investigado, João Batista de Couto Neto, de 46 anos foi indiciado por homicídio e detido, na quinta-feira, em São Paulo.
© Polícia Civil
Mundo Negligência médica
Um médico brasileiro, de 46 anos, foi detido, na quinta-feira, em São Paulo, por suspeitas da morte de 42 pacientes e 114 casos de lesão corporal.
De acordo com o jornal O Globo, João Batista de Couto Neto estava a ser investigado há mais de um ano por dezenas de casos de negligência médica que provocaram mortes e mutilações em mesas de cirurgias.
O cirurgião foi detido enquanto trabalhava num hospital do município de Caçapava, no interior de São Paulo, depois de a suspensão para exercer ter caducado em outubro.
Nas redes sociais, agora apagadas, João Batista de Couto Neto gabava-se de ter realizado mais de 25 mil cirurgias em 19 anos de profissão, o que dá uma média de 1.300 por ano.
Uma das linhas da investigação está relacionada com esse mesmo comportamento. Segundo o mesmo jornal brasileiro, o cirurgião, que já só exercia no serviço privado, chegava a fazer 25 cirurgias no mesmo turno. O objetivo era ganhar mais, o que fazia com que fosse negligente e cometesse mais erros.
"Não conseguimos entender por que é que ele fazia isso às pessoas. Às vezes, operava uma zona do corpo e cortava outra que nada tinha a ver com a cirurgia. Houve casos de pessoas de definharam no hospital, morreram aos poucos. Isso é recorrente nos depoimentos das testemunhas", revelou o investigador responsável pelo caso, Tarcísio Kaltbac, ao O Globo.
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