"Passo positivo". Mundo celebra cessar-fogo entre Índia e Paquistão

O cessar-fogo hoje anunciado entre a Índia e o Paquistão foi celebrado pela comunidade internacional, que considerou tratar-se de uma decisão responsável e pediu que a trégua se transforme em paz duradoura.

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© FAROOQ NAEEM/AFP via Getty Images

Lusa
10/05/2025 17:28 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Índia/Paquistão

O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou o acordo de cessar-fogo, dizendo esperar que conduza a uma "paz duradoura".

 

"O secretário-geral congratula-se com o acordo de cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão como um passo positivo para pôr fim às atuais hostilidades e reduzir as tensões", afirmou o seu porta-voz em comunicado.

Guterres "espera que este acordo contribua para uma paz duradoura e crie um ambiente propício à resolução de questões mais amplas e antigas entre os dois países".

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, os dois países em causa fizeram "uma escolha de responsabilidade".

Sublinhando "a necessidade de continuar a luta contra os grupos terroristas", Jean-Noël Barrot afirmou, nas redes sociais, que "a França encoraja as partes a garantir um cessar-fogo duradouro".

Também o Reino Unido se congratulou com o acordo, tendo o chefe da diplomacia britânica, David Lamy, sublinhado que se trata de uma cessar-fogo "extremamente bem-vindo".

"Peço a ambos os lados que mantenham a postura. A diminuição da tensão é do interesse de todos", acrescentou o ministro britânico, em declarações publicadas nas redes sociais.

Em Berlim, o ministro dos Negócios Estrangeiros descreveu o acordo como "um primeiro passo importante para acabar com a espiral de escalada" do conflito.

"O diálogo é essencial. O Governo alemão tem mantido contacto com ambas as partes nos últimos dias", acrescentou o ministério numa mensagem nas redes sociais.

Também no Médio Oriente, as reações foram de celebração, com o Irão -- qu se tinha proposto como mediador do conflito -- a manifestar esperança de que este acordo possa "garantir uma paz duradoura".

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Esmail Baghai, pediu ainda que ambos os países "aproveitem esta oportunidade para reduzir as tensões e estabelecer uma paz duradoura na região".

Otimismo foi também a reação da Arábia Saudita que pediu a "restauração da segurança e da paz na região".

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita elogiou ambos os lados por "exercerem sabedoria e contenção" e reiterou o seu apoio à resolução das disputas "através do diálogo e de meios pacíficos".

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão disse ter falado com o seu homólogo da China, Wang Yi, que elogiou "a contenção demonstrada pelo Paquistão" na crise entre as duas potências nucleares do Sul da Ásia.

O conflito começou na sequência de um atentado, em 22 de abril, em Pahalgam, uma cidade turística na parte indiana da região disputada de Caxemira, no qual morreram 26 pessoas.

A Índia acusou o Paquistão de apoiar o grupo extremista que responsabilizou pelo ataque, uma acusação que Islamabade negou veementemente.

A escalada do conflito foi muito rápida e culminou com ataques maciços contra alvos militares.

Hoje, a Índia e o Paquistão anunciaram ter chegado a um acordo de cessar-fogo imediato, mediado pelos Estados Unidos, pondo fim à pior escalada de violência deste século entre os dois Estados.

Os responsáveis das operações militares de ambos os países voltam a reunir-se na próxima segunda-feira para acertar mais pormenores.

Leia Também: Londres diz que cessar-fogo entre Índia e Paquistão é "muito bem-vindo"

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