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EUA defendem que cabe a Israel decidir duração da ofensiva em Gaza

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu hoje que cabe ao Governo israelita decidir a duração da ofensiva contra o Hamas, lamentando que a promessa de proteger os civis na Faixa de Gaza nem sempre seja cumprida.

EUA defendem que cabe a Israel decidir duração da ofensiva em Gaza
Notícias ao Minuto

17:56 - 10/12/23 por Lusa

Mundo Israel

"Sou da opinião que deve ser dada especial atenção à proteção dos civis e à garantia de que a ajuda humanitária chega aos que dela necessitam. Penso que as intenções [de Israel] existem, mas os resultados nem sempre se verificam", afirmou, numa entrevista à CNN.

Os números mais recentes de vítimas mortais divulgados pelo Hamas dão conta de quase 18 mil mortos na sequência da ofensiva militar lançada há dois meses pelas Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza.

Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, o número provisório de mortos subiu hoje para 17.997, enquanto o número de feridos aumentou para 49.229. Só nas últimas 24 horas, 297 pessoas foram mortas e 1.149 ficaram feridas, prevendo-se que o número continue a aumentar à medida que os ataques prosseguem.

As autoridades do Hamas, bem como as Nações Unidas e outras organizações no terreno, acusaram as forças israelitas de bombardear zonas e instalações civis teoricamente protegidas pelo direito internacional, como hospitais e escolas. Desde o início da atual escalada, apenas 618 feridos ou doentes puderam deixar a Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, segundo o Ministério.

Na entrevista à CNN, quando questionado sobre a duração da campanha, Blinken afirmou que "este tipo de decisões cabe a Israel tomar", na sequência de notícias recentes de reuniões entre responsáveis norte-americanos e israelitas sobre calendários militares.

Os responsáveis norte-americanos disseram esta semana à CNN que esperam que a atual fase da invasão terrestre de Gaza por parte de Israel dure várias semanas antes da transição, possivelmente em janeiro, para uma estratégia hiper-localizada e de menor intensidade que vise de perto militantes e líderes específicos do Hamas.

Por seu lado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação contra o enclave durará o tempo que for necessário para eliminar o movimento islamita.

Israel lançou a ofensiva em Gaza em resposta aos ataques do Hamas em 07 de outubro, que provocaram cerca de 1.200 mortos em solo israelita, e que desencadearam ataques transfronteiriços quase diários na fronteira com o Líbano, onde está presente a milícia xiita Hezbollah.

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