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Egípcios iniciam votação para a esperada reeleição do presidente

Os egípcios iniciaram hoje três dias de votação para as presidenciais, em que o atual chefe de Estado, Abdel Fattah al-Sisi, surge como favorito para ganhar um terceiro mandato de seis anos.

Egípcios iniciam votação para a esperada reeleição do presidente
Notícias ao Minuto

08:42 - 10/12/23 por Lusa

Mundo Egito

Al-Sisi foi um dos primeiros a votar logo na abertura da assembleia de voto de Nustafa Emerira, no bairro de Masr al-Jadida, na zona oriental do Cairo, segundo a agência espanhola EFE, que cita as televisões estatais.

Espera-se que mais de 67 milhões de egípcios, de um total de 105 milhões de habitantes do país africano, compareçam às urnas durante os três dias de votação.

A votação termina às 21:00 locais (19:00 em Lisboa) em cada dia e os resultados deverão ser anunciados em 18 de dezembro.

Al-Sisi tem como adversários Farid Zahran, líder do Partido Social Democrata Egípcio (PES), Abdel Sanad Yamama, presidente do Partido Wafd, e Hazem Omar, do Partido Popular Republicano (RPP).

Apesar das dificuldades do Egito, não parece provável a existência de uma oposição séria sob o regime de "mão-de-ferro" de Al-Sisi, o quinto presidente oriundo das fileiras do exército desde 1962, segundo a AFP.

Milhares de opositores foram presos e, embora o comité de perdão presidencial tenha libertado mil pessoas no espaço de um ano, "três vezes mais pessoas" foram presas no mesmo período, segundo as organizações não-governamentais (ONG) locais.

Longe de entusiasmar as multidões, a campanha presidencial decorreu em novembro marcada pela guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que monopoliza a atenção dos meios de comunicação social e da opinião pública.

O Egito tem uma fronteira com Gaza, o posto de Rafah na Península do Sinai, que tem sido usada para a entrada de alguma ajuda humanitária para os 2,3 milhões de residentes no enclave controlado pelo Hamas.

Esta é a terceira eleição desde que Al-Sisi assumiu a liderança do Egito após o golpe de Estado de 2013 que derrubou o governo da Irmandade Muçulmana, liderado pelo islamita Mohamed Morsi.

Al-Sisi venceu as duas anteriores eleições, em 2014 e 2018, com mais de 96% dos votos.

Desde então, alargou o mandato presidencial de quatro para seis anos e alterou a Constituição para alargar o limite de dois para três mandatos presidenciais consecutivos.

Neste contexto, as atenções estarão viradas para a afluência às urnas. Na última eleição presidencial, a taxa de participação foi de 41,5%, menos seis pontos do que na eleição anterior.

As eleições decorrem no meio de uma das piores crises económicas de um país com dois terços da população a viver abaixo ou um pouco acima do limiar da pobreza.

A inflação está atualmente nos 40%, a desvalorização de 50% da moeda fez disparar o preço dos bens nos últimos meses, e os recentes bónus e aumentos anunciados pelo Presidente para os funcionários públicos e pensionistas tiveram pouco efeito.

Leia Também: Egito reitera que impedirá Israel de empurrar palestinianos para o Sinai

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