Meteorologia

  • 27 JULHO 2024
Tempo
19º
MIN 19º MÁX 28º

Países concordam em promover transição económica sensível ao género

Um grupo de 60 países concordou hoje, na Cimeira das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), apoiar o empoderamento económico das mulheres e a parceria para garantir uma transição energética sensível às questões de género.

Países concordam em promover transição económica sensível ao género
Notícias ao Minuto

18:23 - 04/12/23 por Lusa

Mundo COP28

Esta foi a principal decisão da reunião climática do dia, que teve a igualdade de género como tema central, juntamente com as finanças, onde os ministros e altos funcionários participaram num diálogo para abordar a situação das mulheres no contexto da implementação dos Acordos de Paris.

A parceria inclui um conjunto de compromissos a serem implementados pelos países signatários nos próximos três anos, antes da COP28, onde o pacto será revisto.

De acordo com a presidência da COP28 em comunicado, este pacto inclui um pacote de compromissos e ações sobre questões de informação e documentação, financiamento e igualdade de oportunidades face à crise climática.

Melhores dados para apoiar a tomada de decisões no planeamento da transição energética, fluxos financeiros mais eficazes para as regiões mais afetadas pelas alterações climáticas e educação e formação para ajudar a adaptação individual na transição energética são alguns desses compromissos.

O acordo baseia-se no facto de que, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 1,2 mil milhões de empregos, quase 40% da força de trabalho mundial, estão em risco devido ao aquecimento global e à degradação ambiental, sendo que as mulheres serão as mais gravemente afetadas por esta crise, dada a sua elevada representação em setores particularmente sensíveis às alterações climáticas.

Os signatários concordaram em assegurar o empoderamento económico das mulheres e garantir que os seus meios de subsistência sejam protegidos durante a transição para uma economia sustentável e com baixas emissões de carbono.

A reunião foi liderada pela defensora climática da ONU, Razan Al Mubarak, que sublinhou que "as alterações climáticas não são neutras em termos de género, têm um impacto desproporcional nas mulheres e nas raparigas".

"A crise climática aumenta as desigualdades de género existentes e constitui uma ameaça séria para os meios de subsistência, o bem-estar e a saúde das mulheres", afirmou Al Mubarak.

"Para conseguirmos uma transição justa, temos de reformar a estrutura do sistema financeiro mundial e garantir que os fluxos financeiros cheguem às regiões e às pessoas que mais precisam, mas também temos de investir no empoderamento das mulheres para garantir que ninguém seja deixado para trás", acrescentou a defensora do clima.

A diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, afirmou, em resposta a este acordo, que "os direitos das mulheres devem estar no centro da ação climática, incluindo aqui na COP28".

"Temos de garantir que as mulheres estejam à mesa onde as decisões são tomadas e reforçar a inclusão para que as vozes das feministas, dos jovens, dos indígenas e de outros movimentos sociais possam ser ouvidas em alto e bom som, do local ao global", acrescentou Bahous.

A maioria dos países signatários são europeus e americanos, incluindo a Espanha, a Alemanha, o Reino Unido, Uruguai, Peru, Venezuela e México.

Leia Também: Longe das metas de Paris, COP28 servirá para "renovar compromissos"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório