O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, realçou, esta quinta-feira, que Telavive continuará a lutar contra o Hamas até conseguir eliminar este grupo islâmico. O chefe do Governo israelita apontou ainda que, conforme tinha prometido, os combates não cessarão até que todos os reféns tenham sido libertados e o Estado consiga "assegurar que uma ameaça destas nunca mais virá a partir de Gaza".
"Acabei de terminar uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pouco depois de os homicidas do Hamas terem assassinado israelitas aqui em Jerusalém, e disse-lhe: 'Este é o mesmo Hamas. Este é o mesmo Hamas que executou o terrível massacre de 7 de outubro. O mesmo Hamas que tenta assassinar-nos em todo o lado'", disse o responsável, através da rede social X (Twitter).
Netanyahu indicou ainda que, tal como prometera, "nada" impedirá Telavive de alcançar os seus objetivos, entre eles eliminar o grupo islâmico palestiniano.
"Disse-lhe: 'Prometemos, e prometi, eliminar o Hamas. Nada nos impedirá'. Continuaremos esta guerra até atingirmos os nossos três objetivos – libertar todos os reféns, eliminar completamente o Hamas e assegurar que uma ameaça destas nunca mais virá a partir de Gaza", alertou.
Prime Minister Benjamin Netanyahu:
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) November 30, 2023
"I have just concluded a meeting with US Secretary of State Antony Blinken, shortly after Hamas murderers murdered people here in Jerusalem. I told him that it is the same Hamas. pic.twitter.com/xyXOvMLU5l
Blinken, por seu turno, considerou que as tréguas entre Israel e o Hamas, que têm sido marcadas por uma troca de reféns do movimento que governa Gaza por detidos palestinianos, "produziram resultados" positivos.
Naquela que foi a sua terceira visita à região desde os ataques de 7 de outubro, o diplomata encontrou-se hoje com o primeiro-ministro israelita e o seu gabinete de guerra, em Jerusalém, antes de se dirigir à Cisjordânia para se encontrar com o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.
“O secretário enfatizou a necessidade de ter em conta as necessidades humanitárias e de proteção dos civis no sul de Gaza antes de quaisquer operações militares”, disse o porta-voz Matthew Miller, citado pelo The Guardian.
A trégua entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor no dia 24 de novembro, foi prolongada por mais um dia, esta quinta-feira, pouco antes de terminar, segundo anunciaram os dois lados do conflito.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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