Questionado sobre a matéria hoje no debate semanal na Câmara dos Comuns, Sunak disse que teria "todo o gosto em discutir com os nossos aliados temas importantes e substanciais, como a luta contra a migração ilegal ou o reforço da nossa segurança".
"Mas quando ficou claro que o objetivo da reunião não era discutir questões substanciais para o futuro, mas sim chamar a atenção e voltar a contestar questões do passado. Não era apropriado", alegou.
O líder do Partido Trabalhista lamentou que Sunak, "em vez de usar essa reunião [com o primeiro-ministro grego] para discutir essas questões sérias, tentou humilhá-lo e cancelou-a à última hora".
"Discuti com o primeiro-ministro grego a economia, a segurança, a imigração e disse-lhe também que não iríamos alterar a lei relativa aos frisos. Não é assim tão difícil, senhor primeiro-ministro", exclamou.
Parte dos frisos que decoravam o templo do Parténon estão expostos no Museu Britânico, em Londres, há mais de dois séculos, removidos e enviados no início do século XIX para o Reino Unido pelo então embaixador britânico no império Otomano Thomas Bruce, conde de Elgin, razão pela qual são conhecidos por "mármores de Elgin".
O Museu Britânico está proibido por lei de devolver as esculturas à Grécia, que reivindica a sua devolução. Os restantes frisos encontram-se no Museu da Acrópole, em Atenas, juntamente com moldes das peças que continuam em Londres.
A disputa diplomática foi desencadeada por uma entrevista de Mitsotakis à BBC, na qual comparou a situação atual com o quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, ser cortado ao meio e dividido entre dois países.
"O Governo grego garantiu que não utilizaria a visita como instrumento público para discutir questões relacionadas com a propriedade das esculturas do Pártenon, já há muito resolvidas", alegou o porta-voz de Sunak, Max Blain.
O Museu Britânico estará a negociar com Atenas um compromisso, como um empréstimo a longo prazo, mas o porta-voz do primeiro-ministro vincou afirmou que "um empréstimo não pode acontecer sem que os gregos aceitem que o Museu Britânico é o proprietário legal" dos frisos.
Leia Também: Homem invade propriedade privada... mas adormece. Foi detido