Ucrânia. Deputada ucraniana defende prioridade na adesão à NATO

A deputada ucraniana Mariia Ionova considerou hoje que a prioridade do país deve ser a adesão à NATO, porque reconhece que a entrada para a União Europeia (UE) vai demorar.   

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Lusa
28/11/2023 14:15 ‧ 28/11/2023 por Lusa

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"Sejamos honestos: sabemos que a integração na UE vai demorar, pelo menos, 10 anos. [O processo] é muito pormenorizado, abrangente, com negociações de grupos de trabalho em diferentes esferas", afirmou à Agência Lusa em Londres.

Por isso, entende que a adesão à Aliança Atlântica deve ser a prioridade da Ucrânia, que espera ainda receber um convite que não foi concretizado na cimeira realizada em Vilnius em julho. 

Na altura, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, disse que o início formal do processo de adesão só seria iniciado "quando os aliados concordarem que as condições estão reunidas", o que frustrou Kiev.

"Sabemos que não seremos membros da NATO amanhã. Mas pensamos que, juntamente com os nossos amigos, temos de trabalhar na cimeira de Washington [em julho de 2024] porque temos de receber um convite", vincou. 

Segundo Ionova, "as mensagens também são importantes e [o presidente russo, Vladimir] Putin tem de perceber que a Ucrânia recebeu este convite, e que este é um território de democracia e não é uma zona tampão". 

A deputada, vice-presidente do Congresso das Mulheres Ucranianas, falava à margem da Conferência em Londres do Fórum Económico sobre o futuro da Ucrânia. 

As declarações à Lusa coincidiram também com o início de um encontro em Bruxelas dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, cuja discussão terá a Ucrânia como principal tópico.

Durante o primeiro painel de discussão da Conferência em Londres, o antigo vice-presidente do Parlamento Europeu, o polaco Marek Siwiec, afirmou que, "realisticamente", não será possível a Ucrânia aderir à NATO tão cedo, muito menos a tempo da cimeira de Washington.  

Até lá, defende que Kiev deve preparar reformas políticas internas para preencher os requisitos necessários para ser membro da Aliança.  

"Quando a Polónia estava a tentar ser membro da NATO, falou-se mais de democracia do que do exército", vincou Siwiec, que foi conselheiro de segurança do presidente polaco Aleksander Kwasniewski entre 1996 e 2004. 

Mas Ionova lamentou que que os países aliados de Kiev "estejam à procura de desculpas para não darem a adesão à Ucrânia por causa da corrupção e de outras coisas".

"Sabemos que temos de fazer o nosso trabalho de casa, mas isso não significa que não devamos receber ajuda e um verdadeiro convite agora. A Polónia também tem interesse em ter-nos na NATO. Neste momento, não estamos a pedir tropas no terreno. Estamos a pedir apenas armas", enfatizou.

Leia Também: MNE da NATO e Blinken em Bruxelas para reforçar apoio à Ucrânia

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