A medida do executivo francês abrange locais como "praias, parques e jardins públicos, arredores de escolas, paragens de autocarro e instalações desportivas".
"Onde há crianças, o tabaco deve desaparecer", explicou a ministra da Saúde e Família francesa, Catherine Vautrin, numa entrevista publicada no portal do jornal regional Ouest-France.
O não cumprimento da proibição poderá resultar numa multa de até 135 euros, precisou Vautrin, que considera que a liberdade de fumar "termina onde começa o direito das crianças a respirar ar puro".
Além das creches e das escolas primárias, os colégios e liceus também serão abrangidos, para evitar, nomeadamente, que "os alunos do ensino básico e secundário fumem em frente às suas escolas".
Em contrapartida, a proibição não se aplica às esplanadas dos cafés, nem aos cigarros eletrónicos. A ministra da Saúde francesa pretende, no entanto, "reduzir a taxa de nicotina autorizada" nestes produtos e "diminuir o número de aromas" associados a este tipo de cigarros.
"Preciso de pareceres científicos e técnicos para definir os pormenores" destas medidas, que deverão entrar em vigor "até ao final do primeiro semestre" do ano em curso, explicou.
A generalização dos espaços sem tabaco, tal como anunciada por Vautrin, faz parte das medidas enunciadas no Programa Nacional de Luta contra o Tabaco 2023-2027, apresentado pelo então ministro da Saúde, Aurélien Rousseau, com o objetivo de "enfrentar o desafio de uma geração livre do tabaco a partir de 2032".
As organizações de combate ao tabagismo estavam preocupadas com a falta de decisões concretas por parte do governo.
O tabagismo causa 75.000 mortes por ano em França.
Segundo uma sondagem realizada pela associação Ligue Contre le Câncer (Liga Contra o Cancro), seis em cada dez franceses (62%) são a favor de uma proibição mais ampla dos cigarros em espaços públicos.
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