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Grupo apoiado pelo Irão no Iraque ameaça expandir conflito contra EUA

Um grupo armado apoiado pelo Irão no Iraque alertou hoje que pode atacar alvos adicionais dos Estados Unidos, depois de caças norte-americanos terem matado vários militantes em resposta a uma primeira ofensiva com mísseis balísticos de curto alcance.

Grupo apoiado pelo Irão no Iraque ameaça expandir conflito contra EUA
Notícias ao Minuto

23:00 - 22/11/23 por Lusa

Mundo Iraque

Caças dos EUA atingiram centros de operações da milícia iraquiana Kataib Hezbollah perto de Al Anbar e Jurf al Saqr, a sul de Bagdade, na terça-feira, de acordo com duas fontes da Defesa, que falaram à agência Associated Press (AP) sob condição de anonimato.

Militantes do Kataib Hezbollah estavam em ambos os locais no momento dos ataques, mas as autoridades disseram que ainda não podiam confirmar se alguém foi morto.

Oficiais da milícia no Iraque disseram que o ataque matou oito membros do Kataib Hezbollah.

Estes ataques aéreos dos EUA seguiram-se a um ataque retaliatório anterior, de um caça AC-130, que estava no ar quando os militantes apoiados pelo Irão dispararam dois mísseis balísticos de curto alcance contra a Base Aérea de Al-Asad, no Iraque, na noite de segunda-feira.

O helicóptero conseguiu localizar a origem dos mísseis e disparou contra vários militantes que fugiram num veículo, matando vários deles.

Entretanto, o Kataib Hezbollah referiu em comunicado que estava a considerar "expandir o alcance dos alvos" se os militares dos EUA continuarem com os seus ataques, acrescentando que o ataque "não ficará impune".

Esta troca de ofensivas aumentou desde que grupos militantes apoiados pelo Irão, sob a égide do grupo denominado Resistência Islâmica no Iraque e na Síria, começaram a atacar instalações dos EUA em 17 de outubro, data em que uma explosão num hospital em Gaza matou alegadamente centenas de pessoas, de acordo com as autoridades palestinianas.

Os ataques continuaram inabaláveis desde então, com pelo menos 66 ataques com foguetes e mísseis atingindo instalações dos EUA e ferindo pelo menos 62 militares.

O ataque de segunda-feira destacou-se por ter sido a primeira vez que militantes usaram mísseis balísticos e a resposta dos EUA dentro do Iraque foi imediata.

O gabinete do primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, que subiu ao poder através do apoio de uma coligação política apoiada pelo Irão, classificou a recente escalada de violência como "um desenvolvimento perigoso", refletindo o delicado equilíbrio que o governo deve alcançar entre as fações iranianas e as forças militares dos EUA.

No comunicado, Sudani classificou o ataque dos EUA como uma violação da soberania do país e da missão da coligação liderada pelos EUA para combater os militantes do Estado Islâmico em solo iraquiano, uma vez que o ataque foi realizado sem avisar o Iraque.

Por outra lado, no mês passado, o primeiro-ministro iraquiano também apelou às autoridades para perseguirem os atacantes das bases dos EUA no Iraque, enquanto tenta manter um equilíbrio delicado na manutenção de laços positivos com Washington e Teerão.

Não é a primeira vez que os EUA tomam medidas significativas contra o Kataib Hezbollah. Em 2020, uma série de ataques com foguetes Kaytusha do Kataib Hezbollah contra Camp Taji, no Iraque, matou três militares -- dois norte-americanos e um soldado britânico -- e feriu gravemente vários outros. Em resposta, os EUA conduziram duas rondas de ataques aéreos destruindo múltiplas instalações de armas.

Leia Também: "Perigosa escalada". Oito mortos no Iraque em ataque dos EUA

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