Segundo o Ministério da Saúde, este é "um novo crime cometido pela ocupação israelita contra hospitais na Faixa de Gaza", assegurando que o hospital Indonésio "foi atacado com artilharia por tanques", causando numerosos feridos.
As forças israelitas atacaram vários hospitais nas últimas semanas, argumentando que militantes do Hamas se escondiam nessas instalações, embora o mais relevante tenha sido o cerco ao hospital Al Shifa na última semana, o maior da Faixa localizado na cidade de Gaza.
Israel alega que o Hamas tinha o seu principal centro de comando na cave daquele hospital e no domingo apresentou provas que supostamente apoiam essa tese, mostrando 55 metros de um túnel subterrâneo fortificado e vídeos do mesmo dia do ataque de 07 de outubro, mostrando como vários feridos sequestrados foram levados para Shifa.
Depois de quase uma semana de cerco e de ter entrado em algumas áreas do complexo em diversas ocasiões, Israel ordenou no sábado a retirada de todos os que estavam dentro do hospital de Shifa, cerca de 3.000 pessoas, incluindo pessoal médico, feridos e deslocados.
Dezenas de pessoas gravemente feridas, incluindo vários bebés prematuros, morreram devido ao cerco e à falta de medicamentos, água e combustível.
Na retirada, muitos deslocaram-se para o sul do enclave, onde os ataques de Israel são menos intensos, mas alguns, especialmente os feridos mais graves, foram para o hospital Indonésio, em Jabalia, a norte da cidade de Gaza, hoje atacado por Israel.
O movimento islamita Hamas lançou, em 07 de outubro, um ataque surpresa contra Israel, com milhares de foguetes e homens armados, fazendo mais de 1.200 mortos e 240 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.
Leia Também: Amnistia espanhola e 'Spitzenkandidat' em debate no PE esta semana