Grupo de 32 brasileiros deixa Gaza e aguarda repatriamento no Egito

Um grupo de 32 brasileiros já se encontra no Egito a aguardar um voo de repatriamento, após várias tentativas frustradas de deixar a Faixa de Gaza, anunciou hoje o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

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© Mohammed Abed/AFP via Getty Images

Lusa
12/11/2023 10:57 ‧ 12/11/2023 por Lusa

Mundo

Faixa de Gaza

Numa publicação na rede social X, o Governo brasileiro informou que o "grupo de 32 brasileiros e familiares já se encontra em território egípcio, onde foi recebido por equipe da embaixada do Brasil no Cairo, responsável pela etapa final da operação de repatriamento".

O Ministério acrescentou que "duas pessoas do grupo que constavam da lista original, de 34 nomes, desistiram do repatriamento e decidiram permanecer em Gaza".

Os cidadãos brasileiros passaram pelo controlo migratório palestino de Gaza e entraram no Egito pelo posto fronteiriço de Rafah, esta manhã.

Segundo declarações do embaixador do Brasil no Egito, Paulino Carvalho Neto, à Globo, a previsão é que o grupo passe a próxima noite do Egito e parta do aeroporto do Cairo para o Brasil na segunda-feira, no avião presidencial.

Em 04 de novembro, o Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil, no poder, denunciou que as autoridades israelitas impediram a saída de cidadãos brasileiros da Faixa de Gaza em três ocasiões.

"O Governo israelita negou pela terceira vez a saída de cidadãos brasileiros ameaçados pelo massacre contra a população civil da Faixa de Gaza", afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, num comunicado divulgado nas redes sociais.

Hoffmann também denunciou que Israel está a enviar trabalhadores palestinianos de volta para a Faixa de Gaza, sob bombardeamentos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "não quer palestinianos no país", disse.

"Atitudes como esta dizem muito sobre essa guerra. Está a tornar-se uma limpeza étnica", sublinhou.

Em 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

Este conflito provocou, pelo menos, 11.000 mortos na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.

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