Os dois exércitos reuniram navios e aviões para os primeiros exercícios navais conjuntos na história recente dos dois países e que simulam "a prevenção de perigos aéreos, aquáticos e submarinos e medidas de segurança marítima", segundo o jornal Global New Light of Myanmar.
Antes do exercício, o comandante-em-chefe da marinha russa, Nikolai Yevmenov, encontrou-se na segunda-feira com o líder da junta militar, Min Aung Hlaing, a bordo de um contratorpedeiro russo e informou-o sobre as capacidades do navio, noticiaram hoje os 'media' locais.
A visita ocorre numa altura em que se registam combates no norte de Myanmar, perto da fronteira com a China, na sequência de uma ofensiva coordenada por grupos de minorias étnicas na semana passada.
Este conflito representa a maior ameaça ao exército desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021 que depôs o governo da líder Aung San Suu Kyi.
Moscovo tem sido um aliado valioso para a junta, fornecendo-lhe armas e apoio diplomático.
O líder da junta, Min Aung Hlaing, encontrou-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, no ano passado durante uma de muitas viagens que realizou à Rússia desde que assumiu o poder.
O exército birmanês descreveu a invasão da Ucrânia por Moscovo como justificada.
Em setembro, Myanmar e a Rússia presidiram conjuntamente a um exercício militar "antiterrorista" no Extremo Oriente russo, que envolveu vários países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Desde que assumiu o poder, a junta importou da Rússia armas e equipamento no valor de 406 milhões de dólares (379 milhões de euros), de acordo com o relator especial das Nações Unidas para Myanmar.
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