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Hezbollah não deve "procurar beneficiar" de guerra Israel-Hamas

Os Estados Unidos advertiram hoje de que "nem o Hezbollah nem qualquer outro ator, estatal ou não-estatal, devem procurar beneficiar do conflito" entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em curso desde 07 de outubro.

Hezbollah não deve "procurar beneficiar" de guerra Israel-Hamas
Notícias ao Minuto

16:57 - 03/11/23 por Lusa

Mundo Israel

O aviso foi feito por um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em reação ao discurso do líder daquele movimento xiita libanês pró-iraniano, Hassan Nasrallah.

"Não entraremos numa guerra de palavras. Os Estados Unidos não querem nem a escalada nem o alastramento do conflito que o Hamas desencadeou contra Israel", sublinhou o porta-voz.

"Esta guerra pode tornar-se mais sangrenta que a de 2006 entre Israel e o Líbano. Os Estados Unidos não querem que o conflito se estenda ao Líbano. A devastação que se seguiria para o Líbano e a sua população seria inimaginável -- e pode ser evitada", acrescentou.

O discurso de Hassan Nasrallah era aguardado com expectativa, para se saber se ele iria arrastar o Líbano para a guerra em curso. Os combatentes do Hezbollah têm atacado Israel junto à fronteira entre os dois países desde o dia seguinte ao início da guerra com o Hamas, mas de forma comedida.

O líder do Hezbollah atacou violentamente os Estados Unidos, numa altura em que o chefe da diplomacia norte-americano, Antony Blinken, efetua uma visita a Israel.

"Estamos prontos [para enfrentar] a vossa frota, com a qual nos ameaçam", assegurou.

Acusou igualmente os Estados Unidos de serem "inteiramente responsáveis pela guerra em curso na Faixa de Gaza", observando que "Israel não passa de um instrumento".

Na frente libanesa, Hassan Nasrallah afirmou: "Estamos em combate desde 08 de outubro".

Considerou que "todas as opções" estão em cima da mesa e que a possibilidade de "uma guerra total" na região do Médio Oriente é "realista".

A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 28.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 9.200 mortos, entre os quais 3.826 crianças, segundo um relatório do Ministério da Saúde local.

Leia Também: Hezbollah avisa EUA: "A vossa frota no Mediterrâneo não nos assusta"

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