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Pelo menos dois mortos em novos confrontos no Bangladesh

Pelo menos duas pessoas morreram em confrontos entre a polícia do Bangladesh e apoiantes da oposição que decretaram um bloqueio de três dias aos transportes em todo o país para exigir a demissão do Governo.

Pelo menos dois mortos em novos confrontos no Bangladesh
Notícias ao Minuto

14:05 - 31/10/23 por Lusa

Mundo Bangladesh

O Partido Nacionalista do Bangladesh, principal partido da oposição, impôs um bloqueio de três dias e pede a demissão da primeira-ministra Sheikh Hasina assim como a transferência do poder para um governo de gestão não partidário para que sejam preparadas eleições gerais no próximo ano.

Hoje, Hasina excluiu a possibilidade de diálogo e avisou a oposição das consequências se continuasse o bloqueio.

Duas pessoas morreram e e segundo a Associated Presse dezenas ficaram feridas neste primeiro dia de protesto.

O partido no poder, a Liga Awami, avisou que a oposição seria "alvo de confrontação" se continuasse a criar aquilo a que chamou "anarquia".

No sábado, pelo menos seis pessoas, incluindo um polícia, morreram nos distúrbios registados durante uma manifestação.

O Governo tem estado sob pressão há vários meses, uma vez que o Partido Nacionalista do Bangladesh, liderado pela antiga Primeira-Ministra Khaleda Zia, tem organizado protestos contra o Executivo.

As eleições estão previstas para janeiro e a situação política é tensa, uma vez que a Comissão Eleitoral se prepara para definir o calendário.

Hoje, ocorreram atos de violência no distrito de Kishoreganj, no centro do país, onde as duas pessoas morreram em confrontos com a polícia e apoiantes do partido no poder, informou a estação de televisão DBC.

Outros meios de comunicação social referiram confrontos no distrito de Narayanganj, nos arredores da capital, Daca, onde três polícias foram esfaqueados.

A agência United News of Bangladesh noticiou actos de violência, incluindo vandalismo em Daca e em outros distritos.

Várias dezenas de pessoas foram detidas nas últimas horas. 

As missões estrangeiras da Austrália, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Grã-Bretanha e Estados Unidos em Daca emitiram uma declaração conjunta na segunda-feira, instando todas as partes a absterem-se de actos de violência e a trabalharem em conjunto para criar condições para a realização de eleições livres, justas e pacíficas.

O embaixador dos Estados Unidos, Peter Haas, reuniu-se hoje com o chefe da Comissão Eleitoral, Kazi Habibul Awal, apelando ao diálogo mas a primeira-ministra excluiu os contactos considerando a oposição "assassinos".

A primeira-ministra referiu-se aos atos de violência ocorridos no sábado quando ativistas da oposição alegadamente espancaram um agente da polícia até à morte.

A chefe do Governo procura um quarto mandato consecutivo, prosseguindo uma agenda de desenvolvimento através da execução de mega-projetos e de parcerias com a República Popular da China, Índia, França, Rússia, Japão e a Arábia Saudita.

Os Estados Unidos são o maior importador de produtos de vestuário do Bangladesh, enquanto a União Europeia mantém uma forte parceria comercial e de desenvolvimento com o país da ásia.

Os críticos acusam o Governo de Hasina de corrupção e de não respeitar os direitos humanos.

A oposição afirma que não vai participar nas eleições, apesar das promessas de Hasina de um escrutínio livre e justo.

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