"Decidimos pedir corredores humanitários e pausas humanitárias", disse Charles Michel, à entrada para uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
O presidente do Conselho destacou a "decisão importante" anunciada às primeiras horas do dia de hoje sobre a organização de uma conferência, sob a égide da União Europeia (UE), para encontrar soluções para a paz no Médio Oriente, ao abrigo da solução dos dois Estado apoiada pelos 27. Ainda não há data prevista para a realização da conferência, mas fontes espanholas apontaram na quinta-feira para a sua organização dentro de seis meses.
Estas foram as duas principais conclusões a que chegaram os líderes no primeiro dia do Conselho Europeu.
O exército israelita realizou hoje mais uma operação terrestre na Faixa de Gaza, com o apoio de caças e drones (aeronaves não tripuladas).
A operação, no centro da Faixa da Gaza, tinha como objetivo encontrar elementos do movimento islamita Hamas.
Paralelamente a esta operação, Israel bombardeou alvos, não só naquela área, mas em todo o território palestiniano.
Entre os alvos atingidos, de acordo com o exército israelita, estão centros de comando e locais para lançamento de 'rockets'.
Na quarta-feira à noite, o exército israelita fez mais um ataque com carros de combate na Faixa de Gaza. Desde 07 de outubro, dia dos atentados perpetrados pelo Hamas, Israel tem bombardeado o território palestiniano, em preparação para uma eventual incursão terrestre, repetidamente prometida pelos responsáveis políticos e militares.
Israel tem insistido que os bombardeamentos têm apenas como alvo posições de combatentes do Hamas, mas várias organizações humanitárias, assim como testemunhos de cidadãos, contrariam esta versão, acusando Telavive de bombardeamentos indiscriminados.
O conflito foi desencadeado pelos ataques no movimento islamita no território israelita, que provocaram mais de 1.400 pessoas, a maioria civis.
Mais de 220 pessoas continuarão reféns do Hamas na Faixa de Gaza e o movimento islamita denunciou que no território palestiniano já morreram mais de 7.000 pessoas, a maioria civis, incluindo 2.900 crianças.
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