Programa Alimentar pede "acesso sustentável" a ajuda humanitária em Gaza

Os primeiros camiões com recursos médicos começaram a entrar na região, mas o Programa Alimentar Mundial avisou para o risco de fome na população e para os muitos camiões prontos a ajudar.

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© Momen Faiz/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
21/10/2023 09:14 ‧ 21/10/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Faixa de Gaza

O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou este sábado que, entre as cerca de duas centenas de camiões com ajuda humanitária prontos para entrar na Faixa de Gaza, encontram-se alimentos para apoiar 500 mil pessoas, à espera da permissão de Israel para entrar no devastado enclave palestiniano.

Numa publicação na rede social Twitter (agora X), a diretora executiva do programa exigiu que fosse dado "acesso sustentável e garantido" aos agentes humanitários no local, para que a população palestiniana civil seja ajudada pelas organizações não-governamentais que tentam lidar com a gravíssima crise humanitária.

"Este conflito está a ter um impacto horrível nos civis, a comida vai acabar em poucos dias e há uma falta perigosa de água, medicamentos e outros recursos", alertou Cindy McCain.

McCain vincou que os camiões do PAM "estão carregados e à espera com comida para meio milhão de pessoas, mas não podem entrar neste momento em Gaza". "Os atores humanitários têm de poder oferecer ajuda e têm de poder distribuí-la", referiu.

Caso contrário, reiterou a diretora do programa, "o mundo vai ficar a olhar enquanto o povo de Gaza passa fome".

As declarações de McCain foram publicadas pouco antes das autoridades do Hamas terem confirmado que os primeiros 20 camiões com ajuda humanitária iriam entrar na Faixa de Gaza, com recursos médicos oferecidos pela Organização Mundial de Saúde. Apesar de serem pouquíssimos recursos para a enorme quantidade de pessoas em risco, é o primeiro passo na abertura de Rafah a uma ajuda humanitária recorrente, depois de duas semanas de grande devastação em Gaza por parte das forças israelitas.

Ao longo deste período, após o ataque do Hamas no passado dia 7 de outubro, Israel implementou um "cerco total" à Faixa de Gaza, cortando todo o fornecimento de água, luz, combustível, comida e recursos médicos para a região, ocupada há cerca de duas décadas e cujo acesso e necessidades básicas já eram completamente controladas pelo exército israelita.

Desde então, várias organizações não-governamentais, incluindo a ONU, apontaram para a grave crise humanitária, com o cerco a deixar a população vulnerável e os bombardeamentos constantes a matarem quase 5 mil civis - o maior valor de palestinianos mortos de sempre em qualquer momento de guerra ou ocupação em várias décadas.

A Faixa de Gaza faz parte dos territórios palestinianos ocupados, sendo gerido pelo governo do Hamas, um grupo fundamentalista, que se distanciou do governo da Autoridade Palestiniana na Cisjordânia. Aí, também tem havido cada vez mais pressão por parte da ocupação israelita, com o aumento dos colonatos israelitas ilegais, das operações policiais, das detenções arbitrárias e do controlo de grande parte da vida dos palestinianos a criar cada vez mais revolta, protestos e ataques por parte de colonos armados.

Leia Também: Mais de 200 camiões de ajuda posicionados na fronteira do Egito com Gaza

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