Senhorio ataca mãe e filho muçulmanos nos EUA. Menino morreu esfaqueado

Um homem de 71 anos foi indiciado no domingo por homicídio e crimes de ódio, após esfaquear mortalmente um menino muçulmano de 6 anos, perto da cidade norte-americana de Chicago.

Wadea Al-Fayoume

© Reprodução CAIR-Chicago

Lusa
16/10/2023 06:16 ‧ 16/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

No ataque, que a polícia considerou relacionado com a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a criança, esfaqueada 26 vezes, morreu no hospital, ao passo que a mulher de 32 anos que a acompanhava e se crê ser a mãe, também ferida com arma branca, deverá sobreviver, segundo um comunicado do gabinete do xerife do condado de Will, no Estado do Illinois, que descreveu o ataque como "hediondo".

"Os investigadores conseguiram determinar que as duas vítimas deste ataque brutal foram escolhidas pelo suspeito por serem muçulmanas, devido ao conflito em curso no Médio Oriente entre o Hamas e os israelitas", lê-se no comunicado, que acrescenta que o crime ocorreu cerca de 64 quilómetros a oeste de Chicago.

O agressor, Joseph M. Czuba, norte-americano, era senhorio das vítimas. Foi detido sob as acusações de homicídio em primeiro grau, tentativa de homicídio em primeiro grau, crime de ódio e agressão agravada com arma letal.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse no domingo ter ficado "chocado" ao tomar conhecimento da morte da criança de 6 anos, de nacionalidade palestiniano-norte-americana. Biden acrescentou que o "ato horrível não tem lugar na América".

O gabinete do xerife não indicou a nacionalidade das vítimas, mas, de acordo com o gabinete de Chicago do Conselho de Relações Norte-Americanas-Islâmicas (CAIR, na sigla em inglês), a criança é palestiniano-norte-americana.

A mulher conseguiu ligar para o número de emergências 911 enquanto tentava defender-se do agressor.

"Os agentes localizaram as duas vítimas no interior da residência, num quarto. Ambas as vítimas apresentavam múltiplos ferimentos de arma branca no peito, no tronco e nas extremidades superiores", refere o comunicado do xerife.

Durante a autópsia, uma faca militar serrilhada com uma lâmina de 15 centímetros foi retirada do abdómen do menino.

O responsável do gabinete do CAIR em Chicago, Ahmed Rehab, declarou à imprensa que o agressor bateu à porta das vítimas e tentou primeiro asfixiar a mulher, dizendo-lhe: "Vocês, muçulmanos, têm de morrer", citando mensagens de texto enviadas pela mulher ao pai do menino assassinado a partir da sua cama de hospital.

A guerra entre Israel e o Hamas, que numa semana fez milhares de mortos de ambos os lados, foi desencadeada por um ataque sangrento e sem precedentes efetuado em 7 de outubro em território israelita pelo movimento islamita palestiniano no poder na Faixa de Gaza desde 2007.

Leia Também: Biden diz que ocupação da Faixa de Gaza por Israel seria um "erro grave"

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