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Oposição sérvia pede à UE que sancione o presidente Vucic mas não o país
A oposição sérvia pediu à União Europeia (UE) que sancione o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, e aliados políticos, e não o conjunto do país, pelo seu eventual envolvimento no ataque armado no norte do Kosovo em 24 de setembro.
© Amir Hamzagic/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Aleksandar Vucic
"É evidente a responsabilidade política e pessoal de Aleksandar Vucic pela atual situação. Por isso, é necessário aplicar todas as medidas possíveis contra ele e os seus parceiros políticos mais próximos", assinalou a oposição, numa carta enviada na terça-feira a Josep Borrell, o alto representante para a política externa na UE e numa referência aos incidentes de 24 de setembro que provocaram a morte de um polícia albanês e três membros do comando armado.
Na missiva hoje divulgada pelo diário Nova, os opositores também consideram que sanções aplicadas a todo o país "apenas fortaleceriam o euroceticismo e o perigoso discurso nacionalista existentes".
A UE já anunciou possíveis medidas contra Belgrado caso seja provado o seu envolvimento no ataque armado no norte do Kosovo.
A carta foi assinada pelos partidos do centro, centro-esquerda e verdes, que desde há meses organizam protestos contra Vucic, e que em setembro formaram um bloco se vai apresentar às eleições que o Presidente convocou para 17 de dezembro.
A carta é assinada pelos líderes do Partido Democrata (DS), Movimento Popular da Sérvia (NPS), Partido dos Cidadãos Livres (PSG), Sérvia Centro (Srce), Partido da Liberdade e da Justiça (SSP), Juntos (Zajedno) e Frente Verde-Esquerda (ZLF).
Os opositores sublinham que Vucic não deve ser tratado pela comunidade internacional como o "único interlocutor" nas negociações "porque o senhor Vucic é parte do problema, e não uma solução".
Os líderes da plataforma da oposição também sublinham que apenas um Governo democrático constitui a condição prévia na busca de soluções a longo prazo para os problemas do país, e advertem que Vucic sufoca a democracia, os direitos humanos e os 'media' independentes.
O Presidente da Sérvia é ainda acusado de ter incentivado em 2022 os representantes sérvios kosovares a abandonarem todas as instituições do Kosovo e de impedir o pluralismo político entre os sérvios kosovares ao impor a sua Lista Sérvia, um partido cujo vice-presidente, Milan Radoicic, foi um dos líderes do ataque de 24 de setembro.
Leia Também: Presidente sérvio anuncia eleições legislativas antecipadas a 17 de dezembro
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