Advogado de jornalista nigeriana apresenta queixa após desaparecimento

O advogado da jornalista nigerina Samira Sabou disse hoje que apresentou queixa, quarta-feira, em Niamey, por "rapto, detenção ilegal e prisão arbitrária", em 30 de setembro, da jornalista, cujo paradeiro se desconhece.

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Lusa
06/10/2023 20:47 ‧ 06/10/2023 por Lusa

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Niamey, 06 out 2023 (Lusa) - O advogado da jornalista nigerina Samira Sabou disse hoje que apresentou queixa, quarta-feira, em Niamey, por "rapto, detenção ilegal e prisão arbitrária", em 30 de setembro, da jornalista, cujo paradeiro se desconhece.

"Ela foi raptada no sábado. Desde então, não entrou em contacto com ninguém", disse o advogado Ould Salem Saïd.

Os Repórteres sem Fronteiras (RSF), que pedem a sua libertação, condenaram a sua "detenção secreta" na sequência da sua prisão por "homens à civil".

Abdoulkader Nouhou Algachimi, marido de Samira Sabou, e presente no momento da detenção, declarou, segundo os RSF: "Um dos raptores mostrou-me a sua carteira profissional de polícia, mas recusou-se a dar o seu nome".

"Percorremos todas as esquadras e unidades de investigação e todos disseram que não eram responsáveis pela detenção", frisou o advogado da jornalista.

Hoje, a organização da sociedade civil Tournons la Page (Virar a Página) (TLP, na sigla em francês) lamentou o "silêncio preocupante" das autoridades e apelou ao regime militar que tomou o poder em Niamey no final de julho para "esclarecer a situação preocupante" da jornalista.

"Se as autoridades militares a acusam de alguma coisa, o ideal seria avisar a sua família e o seu advogado", acrescentou a TLP em comunicado.

A jornalista já tinha sido detida em junho de 2020 e julgada por difamação na sequência de publicações relativas a um caso de sobrefaturação na compra de material militar, tendo sido absolvida.

Na altura, foi detida na sequência de uma queixa apresentada por Sani Mahamadou Issoufou, filho e antigo chefe de gabinete adjunto do antigo Presidente Mahamadou Issoufou (2011-2021).

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