Yanardag, de 64 anos, chefe de redação do canal da oposição Tele1, tinha criticado, em junho passado, a prisão em regime de isolamento do fundador do grupo guerrilheiro curdo PKK, Abdullah Öcalan, argumentando que não havia base jurídica para a medida.
A acusação queixou-se igualmente de que Öcalan, preso desde 1999 na ilha de Imrali, perto de Istambul, "não pode sequer falar com a família e com os advogados" e descreveu o líder curdo como "uma pessoa muito inteligente e analítica".
O Ministério Público pediu uma pena de prisão até dez anos e meio por "propaganda terrorista" e "justificação de um crime", mas Yanardag negou ter querido justificar qualquer crime.
Hoje, durante um protesto em frente ao tribunal, o deputado social-democrata Özgür Özel, chefe do grupo parlamentar do CHP, o maior partido da oposição, afirmou que as palavras de Yanardag tinham sido manipuladas e retiradas do contexto e que a acusação era contra a liberdade de imprensa e de opinião.
O tribunal acabou por condenar Yanardag a dois anos e meio de prisão, mas, ao mesmo tempo, ordenou que fosse soltou em liberdade condicional, uma medida comum quando são impostas penas mais leves a pessoas que já passaram algum tempo em prisão preventiva.
Leia Também: Turquia volta a atacar militantes curdos no Iraque devido a atentado