Mulher declarada morta em 2007 continua a tentar provar que está viva
Na altura, a mulher riu-se com a situação, que pensou tratar-se de um simples erro. Contudo, este erro já lhe custou muito.
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Mundo EUA
Ao fim de 16 anos, Madeline-Michelle Carthen continua a tentar provar que está viva. Isto porque, em 2007, o seu número de Segurança Social foi associado a uma pessoa morta, quando a norte-americana, atualmente com 52 anos, estava a preparar-se para um estágio de verão no Gana, através da Universidade Webster, no Missouri.
Na altura, a mulher riu-se com a situação, que pensou tratar-se de um simples erro. Contudo, este erro já custou muito a Carthen que, passados 16 anos, continua a tentar provar que está realmente viva. A mulher teve de abandonar a universidade, além de ter sido demitida de vários empregos e expulsa de casa – tudo por causa de um papel.
“Só sei que estou viva. Não me interessa o que a Inteligência Artificial (IA) ou o software dizem, estou viva. Mas é difícil provar isso”, apontou, em declarações à NBC News.
A trama começou no verão de 2007, quando a estudante de tecnologia empresarial e mãe de uma menina de 13 anos se preparava para iniciar um intercâmbio. Ao inscrever-se para receber ajuda financeira, o seu consultor descobriu que o seu número de Segurança Social estava associado a uma pessoa morta. Na universidade, disseram-lhe que teria de interromper os estudos até que a situação estivesse regularizada.
Ao contactar a Segurança Social, a mulher ficou a saber que tinha sido adicionada ao arquivo de óbitos “erroneamente”, tendo recebido um comprovativo para apresentar junto de agências de crédito. Mas a situação piorou.
“Estando no arquivo, [a informação] foi para o IRS, foi para o Departamento de Segurança Interna, foi para o E-verify. Começou a afetar a minha vida”, lamentou, uma vez que a sua existência foi essencialmente apagada. E, até hoje, não sabe como é que o seu nome foi parar à lista.
Carthen já apresentou dezenas de documentos, já contactou quatro presidentes dos EUA e funcionários do governo, e até já tentou processar a Segurança Social, em 2019, sem efeito.
Em 2021, foi-lhe atribuído um novo número de Segurança Social, o que a levou a mudar legalmente o nome para Madeline Coburn. Contudo, o número continua ligado ao antigo, pelo que o triunfo durou pouco.
“Ainda estou presa e ninguém me pode ajudar. Só quero respostas”, confessou.
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