"O êxodo dos arménios do Nagorno-Karabakh continua. A nossa análise mostra que nos próximos dias não vão restar arménios no Nagorno-Karabakh. Trata-se de um ato de limpeza étnica contra o qual alertámos a comunidade internacional", declarou Nikol Pachynian numa reunião governamental em Erevan.
O primeiro-ministro da Arménia apelou à comunidade internacional para que atue e "castigue o Azerbaijão" pela "limpeza étnica", sem ter fornecido mais detalhes sobre a acusação.
"Se as condenações [da comunidade internacional] não forem seguidas de decisões políticas e jurídicas adequadas, então essas condenações vão transformar-se em atos de consentimento com o que está a acontecer", disse Nikol Pachynian.
Quase metade da população da região de Nagorno-Karabakh, no Cáucaso, fugiu para a Arménia, desde a ofensiva do Azerbaijão, nos últimos dias.
São agora 53.629 os refugiados na Arménia, de acordo com os últimos dados divulgados na quinta-feira pelo executivo de Erevan.
Entretanto, o governo separatista do Nagorno-Karabakh anunciou hoje que se vai dissolver e que a república - não reconhecida - vai deixar de existir até ao dia 01 de janeiro de 2024, de acordo com a France Presse.
Este anúncio ocorre depois de o Azerbaijão ter levado a cabo uma ofensiva militar para recuperar o controlo total da região separatista e ter exigido que as tropas arménias no Nagorno-Karabakh depusessem as armas e que o governo separatista se desmantelasse.
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