Crianças são as que "pagam o preço mais alto pela insegurança" no Mali

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reiterou hoje que "as crianças continuam a pagar o preço mais elevado" pela crise no Mali, que tem sido abalado pela insegurança devido a ataques de grupos terroristas.

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© Kemal Ceylan/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
27/09/2023 16:09 ‧ 27/09/2023 por Lusa

Mundo

UNICEF

"As crianças continuam a pagar o preço mais alto no agravamento da crise de segurança no Mali. Dezenas de crianças foram mortas só este mês no norte e no centro do país", afirmou o representante da UNICEF no Mali, Pierre Ngom.

Pierre Ngom referiu que "o acesso humanitário limitado e a crescente deslocação interna estão a alimentar uma crise de subnutrição infantil que ameaça um milhão de crianças com menos de cinco anos, num contexto de ressurgimento da poliomielite e de uma epidemia de sarampo".

Ngom recordou os ataques efetuados nas últimas semanas pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, um ramo da Al-Qaida na região, bem como o bloqueio do Estado Islâmico na África Ocidental contra a cidade de Timbuktu, que envolve "o corte das principais rotas de abastecimento".

"Os ataques em curso continuam a semear o caos entre as crianças. A poucas semanas do início do ano letivo de 2023-2024, mais de 1.500 escolas de um total de 9.000 não estão a funcionar, em parte devido à insegurança. No total, meio milhão de crianças são afetadas", lamentou.

Ngom frisou que a insegurança aumentou com a retirada dos "capacetes azuis" da Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas no Mali (Minusma) e constitui também "um obstáculo" para o acordo de paz assinado em 2015 na Argélia, que foi gravemente afetado nos últimos dias pelos combates com grupos tuaregues.

"Os investimentos na paz e na segurança devem ser acompanhados da garantia de que todas as crianças vão à escola e aprendem, são totalmente vacinadas, protegidas de violações graves e não sofrem de subnutrição", concluiu o representante da UNICEF no país africano.

O Mali é atualmente governado por uma junta militar na sequência dos golpes de Estado de agosto de 2020 e maio de 2021, ambos liderados pelo coronel Assimi Goïta, o atual presidente de transição. Goïta distanciou-se da França e apelou à retirada das forças de manutenção da paz das Nações Unidas, ao mesmo tempo que estabeleceu laços mais estreitos com a Rússia.

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