Segundo estima Bruxelas, em comunicado, a escalada do conflito e o subsequente cessar-fogo poderão desencadear "um êxodo em massa de pessoas do Nagorno-Karabakh para a Arménia, tendo já cerca de 13.500 refugiados atravessado a fronteira".
Ao mesmo tempo, "verifica-se uma grande escassez de alimentos e falta de acesso à eletricidade e à água no enclave do Nagorno-Karabakh".
Esta verba de 4,5 milhões de euros - um novo financiamento que ajudará as pessoas deslocadas do enclave para a Arménia e as pessoas vulneráveis no Nagorno-Karabakh -- soma-se à de 500 mil euros de apoio de emergência já anunciado na sexta-feira passada.
Em 19 de setembro, o Exército do Azerbaijão lançou um ataque sobre as posições arménias, classificando a ação como "operação antiterrorista", exigindo que os arménios deponham as armas e que o governo separatista (no poder 'de facto' desde 1994) se dissolva.
Um dia depois, as autoridades do Nagorno-Karabakh concordaram com as exigências militares, mas as conversações sobre a forma como a região pode vir a ser integrada no Azerbaijão não foram conclusivas.
O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, afirmou hoje, numa reunião governamental, que não havia necessidade imediata de os arménios da região abandonarem as casas onde residem, mas frisou que o país está preparado para receber 40 mil deslocados, caso seja necessário.
O Nagorno-Karabakh ficou sob o controlo de forças de origem arménia em combates separatistas que terminaram em 1994, tendo Erevan assumido ainda o controlo de um território substancial em torno da região do Azerbaijão.
Em 2020, o Azerbaijão recuperou o controlo do território circundante numa guerra de seis semanas com a Arménia.
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