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Moçambique: CNE pede campanha eleitoral autárquica de "festa popular"

O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, Carlos Simão Matsinhe, exortou hoje os candidatos às eleições autárquicas de 11 de outubro a promoveram durante a campanha eleitoral, que se inicia terça-feira, uma "verdadeira festa popular".

Moçambique: CNE pede campanha eleitoral autárquica de "festa popular"
Notícias ao Minuto

17:51 - 25/09/23 por Lusa

Mundo Moçambique

"A CNE apela a todos os partidos políticos, coligações de partidos políticos, grupos de cidadãos eleitores proponentes concorrentes e o público em geral para que façamos da presente campanha eleitoral um período de verdadeira festa popular, um período de manifestação da maturidade cívica do povo moçambicano acumulada ao longo de mais de duas décadas ininterruptas de experiência eleitoral", lê-se na mensagem de Carlos Simão Matsinhe, que antecede o arranque da campanha eleitoral.

Mais de 11.500 candidatos de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos iniciam às 00:00 de terça-feira a campanha eleitoral para as autárquicas moçambicanas de 11 de outubro, por entre apelos a um processo pacífico.

"A CNE acredita firmemente que os diversos intervenientes desta campanha eleitoral irão se distanciar de atos de violência política, de incitamento ao ódio e farão deste período um período de reflexão coletiva sobre a elevação dos princípios morais de perdão, tolerância e reconciliação entre os moçambicanos", acrescenta na sua mensagem a propósito do período de campanha, que vai até 08 de outubro.

"Durante os próximos 13 dias, as cidades, vilas e povoações moçambicanas irão acolher diversas caravanas políticas, grupos musicais, espetáculos culturais e outras manifestações de alegria em prol de um processo aglutinador e indispensável para a governação democrática. Pelo que, a CNE exorta aos partidos políticos, coligações de partidos políticos e grupos de cidadãos proponentes concorrentes para que evitem a presença de crianças nos comícios e caravanas da campanha eleitoral. Igualmente, que se abstenham de instrumentalizar jovens alcoolizados ou que tenha consumido substâncias psicotrópicas", refere ainda a mensagem.

Carlos Simão Matsinhe exorta "para que todos os concorrentes tomem em consideração os princípios gerais e os deveres relativos à campanha e propaganda eleitoral plasmados na lei eleitoral", por forma "a realizar um processo eleitoral livre, justo, pacífico, ordeiro e credível, por um lado e, por outro, prevenir conflitos e violência, e, por fim, garantir a credibilidade e aceitabilidade dos resultados eleitorais".

"Aos condutores de veículos que transportam membros e simpatizantes dos partidos políticos em camiões, apela-se maior rigor na observância das regras de trânsito para evitar tragédias", sublinha ainda, reiterando a "legítima expectativa de ver uma campanha eleitoral pacífica, ordeira e democrática, na qual haja espaço para todos, respeito e tolerância em relação a opinião alheia numa convivência democrática dos diversos emblemas políticos".

Moçambique está a iniciar um novo ciclo eleitoral, que além de eleições autárquicas no próximo mês prevê eleições gerais em 09 de outubro de 2024, nomeadamente com a votação para o novo Presidente da República, cargo ao qual o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi já não pode, constitucionalmente, candidatar-se.

Mais de 8,7 milhões de eleitores moçambicanos estão inscritos para votar nas sextas eleições autárquicas, abaixo da projeção inicial, de 9,8 milhões de votantes, segundo dados anteriores da CNE.

A CNE determinou a constituição de 1.486 Locais de Constituição e Funcionamento das Assembleias de Voto e 6.875 mesas de Assembleia de Voto para as sextas eleições autárquicas no país.

Os eleitores moçambicanos vão escolher 65 novos autarcas em 11 de outubro, incluindo em 12 novas autarquias, que se juntam a 53 já existentes.

Nas eleições autárquicas de 2018, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove - a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em oito e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em uma.

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