O príncipe da Baviera veio a público para criticar os participantes do maior evento da região, o Oktoberfest, criticando-os por estarem a apropriar-se da cultura local para vestir "fantasias e embebedarem-se". Para este, mais do que celebrar a tradição local, os festivaleiros querem é divertir-se.
"Quando vejo trajes folclóricos chineses, feitos de plástico, pseudo-trajes com calças justas, então isto torna-se num carnaval", afirmou Leopoldo Rodolfo Heinrich, durante um entrevista à radio local Antenne Bayern.
Heinrich, de 72 anos, é membro e o segundo na linha de sucessão da Casa de Wittelsbach, e diz que os fatos de baixo custo são um insulto à festa secular, que começou com o casamento de Ludwig I, em 1810, um antepassado seu.
"Hoje em dia, todos falamos de apropriação cultural. É o que está a acontecer-nos. Se tudo se resume a usar um fato para nos embebedarmos... perde-se muita cultura e tradição no processo", rematou.
A Casa de Wittelsbach é a antiga dinastia que reinou no Reino da Baviera até 1918 e é a fundadora da König Ludwig Schlossbrauerei, uma fábrica de cerveja com 150 anos, da qual Heinrich é o atual diretor executivo e proprietário.
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