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Argélia vê negada ajuda humanitária a Marrocos e envia apoio para a Líbia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros argelino revelou hoje que Marrocos declinou a ajuda humanitária para mitigar os efeitos do sismo de sexta-feira e que enviou apoio para minorar os efeitos da tempestade que assolou domingo a Líbia.

Argélia vê negada ajuda humanitária a Marrocos e envia apoio para a Líbia
Notícias ao Minuto

16:55 - 12/09/23 por Lusa

Mundo Ajuda humanitária

Para apoiar as operações humanitárias desencadeadas pelo sismo em Marrocos, que causou mais de 2.900 mortos e de 5.500 feridos, as autoridades argelinas anunciaram na segunda-feira a mobilização de três aviões militares de grande capacidade e de uma equipa de intervenção da Proteção Civil e do Crescente Vermelho composta por 93 socorristas especializados, enquanto aguardavam autorização de Rabat.

Segundo imagens transmitidas em direto pela emissora estatal, as equipas de salvamento estavam prontas a descolar do aeroporto militar de Bufarik, a 40 quilómetros da capital, depois de o ministro da Justiça marroquino, Abdellatif Ouahbi, ter anunciado que Rabat tinha recusado a oferta. 

Apesar da insistência de Argel, Rabat informou a parte argelina que o seu país "não tem necessidade de ajuda".

"O governo argelino toma nota da resposta oficial marroquina, da qual tira conclusões óbvias", sublinhou Argel.

A Argélia e Marrocos, cujas fronteiras terrestres estão fechadas desde 1994, mantêm há décadas uma relação diplomática difícil devido à questão do Saara Ocidental. 

No verão de 2021, Argel cortou relações diplomáticas com Rabat e fechou o seu espaço aéreo, que reabriu no sábado passado para permitir voos humanitários de e para o país vizinho.

Para a Líbia, indicou hoje a Presidência argelina, Argel enviou oito aviões militares com ajuda humanitária, de forma a minorar os efeitos devastadores provocados pelo ciclone Daniel, que no domingo atingiu o nordeste do país, matando mais de 2.300 pessoas e deixando cerca de 10 mil desaparecidos.

Num comunicado, o Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, indicou ter dado instruções, em resposta a um pedido de ajuda do Presidente do Conselho Presidencial, Mohamed al-Manfi, para o envio de ajuda humanitária "de urgência", constituída por géneros alimentares, material médico, vestuário e tendas.

"Esta ajuda exprime o empenhamento da Argélia, do governo e do povo, numa solidariedade incondicional e ilimitada com o povo irmão da Líbia, a fim de o ajudar a ultrapassar esta dolorosa prova", declarou Tebboune.

Al-Manfi declarou várias províncias da região nordeste da Cirenaica como "zonas de catástrofe" e apelou à comunidade internacional para prestar ajuda humanitária, sobretudo à cidade de Derna, a mais afetada.

Derna, localidade costeira situada 250 quilómetros a nordeste de Benghazi e a uma distância semelhante da fronteira com o Egito, é a quarta cidade mais populosa da Líbia e tinha cerca de 120.000 habitantes na altura da catástrofe natural.

A cidade está atualmente isolada devido à destruição das estradas e pontes provocadas pelas chuvas torrenciais, sem eletricidade e sem comunicações.

Leia Também: UNICEF Portugal apela à solidariedade para com Marrocos e Líbia

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