"Falcões" da RENAMO e FRELIMO dominam conflito moçambicano

O atual conflito político-militar em Moçambique está a ser dominado pelos "falcões" dos dois principais partidos moçambicanos, FRELIMO e RENAMO, disse hoje à Lusa Manuel Araújo, presidente da câmara de Quelimane e dirigente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

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Lusa
25/06/2014 16:25 ‧ 25/06/2014 por Lusa

Mundo

Oposição

"O que tenho notado é que sempre que há uma vitória das alas de paz, dentro dos dois partidos beligerantes há sempre um recuo o que quer dizer que, tanto na RENAMO como na FRELIMO, as alas militares estão a tomar o comando do processo de tomada de decisões. Sempre que nós vemos que há um avanço na direção da paz, a seguir há combates muito mais ferozes e muito mais violentos. Isto quer dizer que os 'falcões' da guerra, de ambos os lados, começam a tomar conta dos processos de tomada de decisão", disse Manuel de Araújo que participou hoje numa conferência do "Estoril Political Forum 2014", organziado pela Universidade Católica.

Na terça-feira, o líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO, principal força da oposição), Afonso Dhlakama, ameaçou dividir o país se o governo não ceder na reunificação do Exército.

Dhlakama, que se mantém escondido na serra Gorongosa, falou por videoconferência, no populoso bairro da Munhava, bastião da Renamo, na Beira, no lançamento da sua pré-campanha eleitoral às presidenciais de 15 de outubro, e considerou insustentável a coabitação com o Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), tendo decidido criar fronteiras geopolíticas para dividir o país a partir do rio Save, província de Sofala, no centro do país.

Com a divisão proposta pela Renamo, o Governo ficaria apenas com a gestão de quatro províncias da região sul, incluindo a capital Maputo, passando as remanescentes sete províncias do centro e norte de Moçambique para a gestão da Renamo.

"Já houve tempos em que eu estive bastante encorajado, especialmente quando Dhlakama se recenseou porque aquilo, para nós, significou um desanuviar da tensão politica", disse o presidente da autarquia da capital da província moçambicana da Zambézia, centro do país.

"A única solução vai ser as eleições de 15 de outubro porque as escolhas para isso estão claras: por um lado os promotores da guerra que é a FRELIMO e a RENAMO e, por outro lado, os partidos promotores de paz e que não têm nenhum passado de sangue ou de violência", sublinhou o dirigente do Movimento Democrático de Moçambique.

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