Espanhóis em Marrocos admitem que é difícil encontrar sobreviventes

Uma equipa de 56 militares espanhóis começou hoje a ajudar nas operações de resgate em povoações junto à cordilheira do Atlas, Marrocos, atingidas por um sismo na sexta-feira, onde admitem que será difícil encontrar soterrados com vida.

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Lusa
11/09/2023 18:10 ‧ 11/09/2023 por Lusa

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Marrocos

Os membros da Unidade Militar de Emergência, que também estiveram nos incêndios de Pedrógão, em 2017, levaram cinco camiões carregados de material de resgate e para estabilizar edifícios, e quatro cães, descreveu à Lusa Alberto Vasquez, responsável da comunicação.

O facto de a maioria das casas serem feitas de adobe dificulta a possibilidade de encontrar pessoas com vida.

"Quando são casas de betão, formam-se aquilo a que chamamos 'buracos de vida'. Neste caso, as casas desfazem-se como um castelo de areia. Mas pode haver esperança", disse Vasquez.

"Uma das situações mais dramáticas é que as casas, quando colapsam, dão a sensação de que não há 'janelas de vida'", disse o comandante Enrique Bascuas, ressalvando que os militares têm "ferramentas para trabalhar em todo o tipo de catástrofe".

Questionado sobre se será difícil encontrar sobreviventes sob os escombros, o comandante admitiu que sim.

"Pela minha experiência, vai ser difícil encontrar gente com vida, mas até ao final há esperança", comentou.

O comandante recordou que no terramoto da Turquia "foi retirada gente muitos dias depois".

"Neste momento há esperança, mas necessitamos de uma pista de alguém que esteja sob os escombros", afirmou Bascuas, que disse esperar informação das autoridades locais nesse sentido.

"Os movimentos são difíceis aqui e, se não nos dão essa pista de onde possa haver gente debaixo dos escombros, então é muito complexo", referiu, acrescentando que a Proteção Civil marroquina é que tem "a fotografia da emergência, dos cenários possíveis".

Os militares instalaram um acampamento à entrada da vila de Amizmiz, cerca de 50 quilómetros a sul de Marraquexe, e uma das mais afetadas pelo sismo de sexta-feira à noite, que causou mais de 2.000 mortos e acima de dois milhares de feridos.  

O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registou a magnitude do sismo em 6,8.

Leia Também: Isolados e no 'epicentro' do sismo em Marrocos: "Estamos só à espera"

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