O TTP disse que a operação, que levou também à captura de armas e equipamento militar, ocorreu no distrito de Chitral, na província de Khyber Pakhtunkhwa, na faixa tribal do noroeste do país, que faz fronteira com o Afeganistão, de acordo com uma série de comunicados.
O exército do Paquistão não fez até ao momento qualquer comentário sobre as afirmações do TTP.
O TTP disse aos residentes de Khyber Pakhtunkhwa que não deviam ter medo, pois "a guerra [do grupo] é contra as agências de segurança usurpadoras e opressivas".
Os residentes de Khyber Pakhtunkhwa queixaram-se recentemente do regresso à província de combatentes do TTP vindos do vizinho Afeganistão.
O Governo do Paquistão tinha afirmado já que os líderes e combatentes do TTP estão a utilizar solo afegão para preparar ataques contra as autoridades de Islamabad, uma afirmação que os talibãs afegãos negaram.
A província de Khyber Pakhtunkhwa foi durante anos um bastião dos talibãs do Paquistão até 2014, quando as autoridades lançarem uma forte ofensiva militar na região.
Embora o Exército afirme que a zona ficou liberta de grupos rebeldes, os ataques a postos de controlo das forças de segurança e os tiroteios aumentaram nos últimos anos, especialmente desde que os talibãs afegãos recuperaram o controlo de Cabul, em agosto de 2021.
Em novembro, o TTP, que agrega vários grupos armados paquistaneses aliados dos talibãs afegãos, anunciou o reinício da ação armada, após meses de negociações de paz infrutíferas com o Governo de Islamabad.
O Paquistão foi palco de 271 ataques rebeldes durante a primeira metade deste ano, nos quais 389 pessoas foram mortas e 656 ficaram feridas, de acordo com um relatório, divulgado em julho, pelo Instituto de Estudos de Segurança e Conflitos do Paquistão.
Estes números representam um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2022, quando o país sofreu 151 ataques que fizeram 293 mortos e 487 feridos.
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