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PR moçambicano alerta para disseminação da corrupção entre o empresariado

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, criticou hoje o pagamento de subornos por empresários, alertando que a prática dissemina a corrupção e mina a economia do país e a administração pública.

PR moçambicano alerta para disseminação da corrupção entre o empresariado
Notícias ao Minuto

18:07 - 28/08/23 por Lusa

Mundo Filipe Nyusi

"Vamos também combater a incidência de subornos e corrupção", afirmou Nyusi, no discurso de abertura da abertura da 58.ª edição da Feira Internacional de Maputo (Facim), que decorre desde hoje no distrito de Marracuene, província de Maputo.

Os homens de negócios devem abster-se de realizar pagamentos ilícitos aos funcionários do Estado, porque a prática prejudica a economia e torna-se numa cultura, advogou.

O funcionário subornado "ganha gosto, é como quem chupa sangue" e passa a exigir subornos para praticar atos administrativos, alertou o Presidente moçambicano.

O chefe de Estado apontou que o combate à corrupção é uma das apostas do executivo visando a criação de um ambiente favorável à economia no país.

"Reconheçamos que estamos a dar passos significativos, sim, mas precisamos de fazer muito mais para tornar o nosso país economicamente competitivo", enfatizou.

A digitalização dos serviços públicos é um passo essencial para a facilitação dos procedimentos necessários ao desenvolvimento dos negócios e das empresas, continuou.

O Presidente moçambicano assinalou a importância da industrialização e diversificação da economia visando o aproveitamento do potencial em recursos naturais nos hidrocarbonetos, agricultura, pesca e turismo.

A maximização do potencial em recursos naturais, continuou, é fundamental para o processo de retoma da economia.

O combate à criminalidade urbana, principalmente contra os raptos, e os grupos armados na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e a instituição de meios de resolução de litígios comerciais mais rápidos são também parte das medidas necessárias para um ambiente de negócios favorável, referiu Filipe Nyusi.

Criticou o limitado aproveitamento que Moçambique tira da exportação de matérias-primas, devido à incapacidade de transformação dos seus ativos naturais, como carvão, grafite e metais e pedras preciosas.

O chefe de Estado moçambicano notou que as altas taxas de juro e a elevada inflação, no país e no mundo, devem ser contrariadas através de medidas macroeconómicas eficientes, para evitar que provoquem danos à economia.

A 58.ª edição da Facim, maior feira de negócios de Moçambique, arrancou com um total de 2.500 empresas moçambicanas e estrangeiras a participar.

Os expositores estão distribuídos em 12 pavilhões, que ocupam uma área total de 30.000 metros quadrados e a organização espera que visitem o certame pelo menos 50.000 pessoas.

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