O fosso entre ricos e pobres continua a aumentar, segundo a Oxfam, que em janeiro alertou para o facto de metade da ‘fortuna’ do planeta estar concentrada em cerca de 85 pessoas. Se a trajetória de aumento de desigualdade se mantiver, em 2030 haverá cerca de 400 milhões de pessoas a viver em pobreza extrema.
A organização não-governamental quer garantir que até 2022 ninguém viva com menos 1,25 dólares ( 91 cêntimos) por dia, noticia o Jornal de Notícias, que dá conta de outro aviso da ONG: o risco de colapso social também está a aumentar.
Atualmente, 1,2 mil milhões de pessoas vivem na pobreza, com metade delas a encontrar-se em pobreza crónica. Sete em cada dez pessoas vive em países onde, nos últimos 30 anos, a desigualdade social e económica continuou a subir.
Para a ONG esta é, ainda assim, uma “oportunidade histórica” para estabelecer objetivos claros para combater a pobreza. Uma das prioridades da organização passa mesmo por colocar na agenda da ONU uma série de medidas, entre as quais subir os tais 1,25 dólares por dia para os dois dólares (cerca de 1,47 cêntimos), a tempo de 2030.
Outra das prioridades da organização é o aumento do aquecimento global, o qual – alerta ainda a ONG na semana passada – poderá vir a ter influência no número de pessoas que passa fome, caso as temperaturas continuem a subir.
No próximo ano, recorda o Jornal de Negócios, termina o prazo dos ‘Objetivos de Desenvolvimento do Milénio’, um plano definido na viragem do século, que tinha como objetivo erradicar a pobreza.