Suécia. Dezenas de feridos em protesto contra governo eritreu

Pelo menos 52 pessoa ficaram hoje feridas quando cerca de mil manifestantes invadiram um festival cultural temático sobre a Eritreia nos arredores de Estocolmo para protestar contra o Governo eritreu, indicou a imprensa sueca.

Notícia
AnteriorSeguinte

© Lusa

Lusa
03/08/2023 20:39 ‧ 03/08/2023 por Lusa

Mundo

Suécia

Os manifestantes incendiaram lojas e automóveis a atearam vários incêndios, tendo a polícia detido entre 100 a 200 deles.

O jornal sueco Expressen noticiou que cerca de um milhar de manifestantes marcharam em direção ao recinto do festival, ultrapassando os cordões policiais e usando paus e pedras como armas.

O porta-voz da polícia sueca, Daniel Wikdahl, disse à agência noticiosa Associated Press (AP) que "entre 100 e 200 pessoas foram detidas", sublinhando que o recinto continua sob forte contingente policial, estando em curso investigações para apurar responsabilidades.

Na Suécia vivem dezenas de milhares de pessoas com raízes eritreias. 

O festival dedicado ao património cultural da Eritreia é um evento anual que se realiza desde os anos 1990, mas que tem sido criticado por alegadamente servir de instrumento de promoção e fonte de dinheiro para o governo do país africano, segundo os meios de comunicação suecos.

"Isto não é um festival, estão a ensinar às suas crianças discursos de ódio", disse o manifestante eritreu Michael Kobrab à estação sueca TV4.

Os grupos de defesa dos direitos humanos descrevem a Eritreia como um dos países mais repressivos do mundo. 

Desde que se tornou independente da Etiópia, há três décadas (24 de maio de 1993), a pequena nação do Corno de África tem sido liderada pelo Presidente Isaias Afwerki, que nunca realizou eleições.

Milhões de pessoas fugiram de condições como o recrutamento militar forçado.

Um participante no festival, Emanuel Asmalash, também falou à TV4 e acusou os manifestantes de serem "terroristas" da Etiópia.

"Não é razoável que a Suécia se envolva desta forma nos conflitos internos de outros países", declarou o ministro da Justiça sueco, Gunnar Strömmer, numa declaração escrita à agência noticiosa sueca TT.

"Quem foge para a Suécia para escapar à violência, ou está temporariamente de visita, não deve causar violência aqui. Os recursos da polícia são necessários para outros fins que não o de manter os diferentes grupos separados uns dos outros", acrescentou Strömmer.

Leia Também: Direitos Humanos da ONU prorrogou mandato do relator para a Eritreia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas