"A Índia neutralizou com sucesso a maioria destas ameaças. No entanto, houve danos limitados em equipamento e pessoal nas bases da Força Aérea indiana em Udhampur, Pathankot, Adampur e Bhuj", disse o comandante do Exército indiano, Vyomika Singh, numa conferência de imprensa.
O comandante indiano acusou o exército paquistanês de atacar instalações civis dentro das bases, como um centro médico e uma escola.
Anteriormente, fontes de segurança paquistanesas tinham afirmado ter lançado um ataque de retaliação contra a Índia após os bombardeamentos contra três das bases aéreas paquistanesas durante a noite.
Os militares indianos negaram várias informações divulgadas pelo Exército paquistanês, nomeadamente sobre a destruição de um depósito de mísseis BrahMos, um tipo de míssil de cruzeiro supersónico desenvolvido em conjunto com a Rússia, na região indiana do Punjab, e um sistema de defesa aérea S-400 em Adampur, também no Punjab, entre outras instalações indianas.
Singh negou qualquer dano e mostrou várias imagens, alegadamente tiradas esta manhã, mostrando o atual estado das bases, depósitos e sistemas a que o Paquistão se referiu em declarações.
Em resposta aos ataques paquistaneses, o comandante declarou que a Índia "realizou bombardeamentos de precisão apenas contra alvos militares identificados, incluindo infraestruturas técnicas, centros de comando e controlo, locais de radar e áreas de armazenamento de armas".
Estes incluíram ataques a pelo menos seis locais paquistaneses --- Rafiqui, Murid, Chaklala, Rahim Yar Khan, Sukkur e Chunia --- com as Forças Armadas indianas a garantirem que "os danos colaterais eram mínimos".
"O radar de Pasrur e a base aérea de Sialkot foram atacados com munições de precisão", acrescentou o militar indiano.
Sing afirmou ainda que a troca de tiros de artilharia continua ao longo da Linha de Controlo, a fronteira de facto entre a Caxemira controlada pela Índia e a controlada pelo Paquistão, indicando que as tropas indianas causaram "danos extensos" ao exército paquistanês.
Por seu lado, a Autoridade de Aviação do Paquistão encerrou o espaço aéreo paquistanês durante 24 horas, "até domingo às 07:00 TMG (08:00 em Lisboa)".
A Índia e o Paquistão estão a viver a escalada mais intensa de violência desde a Guerra de Kargil, em 1999, pela disputa da região de Caxemira, que está dividida entre os dois países.
Pelo menos 80 pessoas morreram nas últimas três semanas no âmbito desta crise.
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