Após o anúncio da sua morte, que ocorreu na Polyclinique Internationale Sainte Anne-Marie (PISAM), na capital da Costa do Marfim, começou a juntar-se uma multidão em frente à residência do antigo chefe de Estado, constatou um jornalista da AFP.
Chefe de Estado entre 1993 e 1999, Henri Konan Bédié não tinha descartado ser candidato às próximas eleições presidenciais na Costa do Marfim.
Bédié foi apontado no final de março como candidato único à sua sucessão na presidência do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI) - principal movimento de oposição e partido do primeiro presidente costa-marfinense, Félix Houphouët-Boigny -, cuja eleição está agendada para o próximo congresso do partido em junho.
No final de março, o ex-presidente apelou aos membros do seu partido para se unirem, para vencer as próximas eleições presidenciais em 2025, que se seguirão às eleições municipais e regionais marcadas para 02 de setembro.
Henri Konan Bédié também tinha sido indicado como candidato nas últimas eleições presidenciais de 2020.
Antigo partido único, o PDCI esteve no poder desde 1960, durante a independência da Costa do Marfim, até 1999, fim do mandato do ex-presidente Bédié, deposto por um golpe.
Nascido em 05 de maio de 1934 na aldeia de Dadiékro (centro) no seio de uma família de plantadores de cacau, "HKB" queria ser herdeiro e sucessor de Houphouët-Boigny, de etnia Baoulé.
Outrora aliado do Presidente Alassane Ouattara, eleito pela primeira vez em 2010, Bédié tinha regressado desde 2018 à oposição onde abordou apoiantes de Laurent Gbagbo.
Bédié foi nomeado embaixador aos 26 anos e ministro da Economia aos 32 anos.
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