As autoridades de Varsóvia disseram que aumentariam a presença militar da Polónia ao longo da fronteira em resposta, e que convocaram o principal diplomata da Bielorrússia em Varsóvia em protesto.
A NATO também foi informada do incidente, disse o Ministério da Defesa.
Residentes polacos relataram ter avistado hoje, numa área perto da fronteira com a Bielorrússia, helicópteros com insígnias bielorrussas que, segundo relataram, sobrevoavam, tendo alguns 'postado' fotos da aeronave.
Os militares da Polónia inicialmente negaram que tivessem cruzado o espaço aéreo polaco, segundo a Associated Press. Mas, à noite, o Ministério da Defesa reconheceu que "houve uma violação do espaço aéreo polaco por dois helicópteros bielorrussos que realizavam treino perto da fronteira".
O ministério acrescentou que a Bielorrússia tinha informado anteriormente a Polónia sobre os planos de realizar exercícios de treino na área, precisando que voaram a baixa altitude e não foram detetados pelo radar.
Em reação à incursão, o ministro da Defesa, Mariusz Blaszczak, ordenou o aumento do número de soldados ao longo da fronteira, assim como o aumento de outros recursos, incluindo helicópteros de combate, disse o ministério.
Separadamente, o Ministério das Relações Exteriores disse que o encarregado de negócios da Bielorrússia foi "imediatamente convocado" e que Varsóvia "fez um protesto firme e pediu ao lado bielorrusso que explicasse imediatamente e em detalhes o incidente".
"O lado polaco enfatizou que o incidente é percebido como outro elemento da escalada de tensão na fronteira polaca-bielorrussa. A Polónia espera que a Bielorrússia se abstenha de tais atividades", disse o ministério.
O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, revelou no sábado que mais de 100 mercenários do grupo Wagner na Bielorrússia se aproximavam da fronteira com a Polónia, para Suwalki Gap, uma passagem estratégica do território polaco.
Leia Também: PM da Polónia considera um erro chamada do embaixador polaco por Kyiv