Name garantiu os votos do Partido Conservador, do Centro Democrático, da Mudança Radical, do Partido Social de Unidade Nacional (Partido da U) e do Partido Verde, e com 54 votos contra 50 sobrepôs-se à senadora Angélica Lozano, principal favorita e companheira de partido.
"Graças a Deus, aos colombianos e ao apoio dos meus colegas. Assumo o meu compromisso de continuar a construir desde o Congresso o país que queremos", revelou o senador após a formalização do novo período de sessão ordinária do Congresso bicameral (2023-2024) que inclui o Senado e a Câmara de Representantes (parlamento).
Name recebeu felicitações de quase todos os espetros políticos, incluindo do ex-presidente ultraconservador Iván Duque, que o definiu como "um parlamentar sério e com capacidade para atuar com a independência que o seu cargo exige".
O novo presidente da Câmara de Representantes é Andrés Calle, do Partido liberal, um possível aliado do Governo após ter manifestado apoio ao Presidente colombiano, Gustavo Petro, nas eleições de 2022.
Para o Governo, era importante garantir um aliado na presidência do Senado, que permitiria avançar com os projetos sociais que apresentará no Congresso, com alguns rejeitados no hemiciclo na anterior legislatura.
O Presidente pretende apresentar perante o Congresso as reformas laboral, da saúde, da educação e um novo código mineiro, entre outras iniciativas, depois de na passada legislatura os partidos que formaram uma coligação governamental terem retirado o seu apoio devido ao seu desacordo com estes projetos.
Na sua intervenção no Congresso na noite de quinta-feira, o primeiro discurso de um dirigente de esquerda perante esta instituição, Gustavo Petro defendeu o seu plano de paz e as negociações em curso com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).
"A paz não é uma negociação entre grupos armados, a paz é um acordo nacional para toda a sociedade" defendeu Petro.
O Presidente, um antigo guerrilheiro que negociou a paz com o Governo em 1990 para se dedicar à política, considerou que o diálogo é a única solução para a resolução do conflito entre o Estado e o ELN, uma guerrilha de inspiração guevarista em atividade desde 1964.
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