Oposição colombiana garante presidência do Senado

O senador Iván Name, do partido Aliança Verde, foi eleito na madrugada de hoje presidente do Senado colombiano, numa inesperada alteração de última hora ao obter os votos de diversos setores da oposição.

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© Juan Pablo Pino/AFP via Getty Images

Lusa
21/07/2023 18:15 ‧ 21/07/2023 por Lusa

Mundo

Colômbia

Name garantiu os votos do Partido Conservador, do Centro Democrático, da Mudança Radical, do Partido Social de Unidade Nacional (Partido da U) e do Partido Verde, e com 54 votos contra 50 sobrepôs-se à senadora Angélica Lozano, principal favorita e companheira de partido.

"Graças a Deus, aos colombianos e ao apoio dos meus colegas. Assumo o meu compromisso de continuar a construir desde o Congresso o país que queremos", revelou o senador após a formalização do novo período de sessão ordinária do Congresso bicameral (2023-2024) que inclui o Senado e a Câmara de Representantes (parlamento).

Name recebeu felicitações de quase todos os espetros políticos, incluindo do ex-presidente ultraconservador Iván Duque, que o definiu como "um parlamentar sério e com capacidade para atuar com a independência que o seu cargo exige".

O novo presidente da Câmara de Representantes é Andrés Calle, do Partido liberal, um possível aliado do Governo após ter manifestado apoio ao Presidente colombiano, Gustavo Petro, nas eleições de 2022.

Para o Governo, era importante garantir um aliado na presidência do Senado, que permitiria avançar com os projetos sociais que apresentará no Congresso, com alguns rejeitados no hemiciclo na anterior legislatura.

O Presidente pretende apresentar perante o Congresso as reformas laboral, da saúde, da educação e um novo código mineiro, entre outras iniciativas, depois de na passada legislatura os partidos que formaram uma coligação governamental terem retirado o seu apoio devido ao seu desacordo com estes projetos.

Na sua intervenção no Congresso na noite de quinta-feira, o primeiro discurso de um dirigente de esquerda perante esta instituição, Gustavo Petro defendeu o seu plano de paz e as negociações em curso com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).

"A paz não é uma negociação entre grupos armados, a paz é um acordo nacional para toda a sociedade" defendeu Petro.

O Presidente, um antigo guerrilheiro que negociou a paz com o Governo em 1990 para se dedicar à política, considerou que o diálogo é a única solução para a resolução do conflito entre o Estado e o ELN, uma guerrilha de inspiração guevarista em atividade desde 1964.

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