Fontes das negociações, que decorrem em Havana, indicaram que os nove protocolos do cessar-fogo nacional e bilateral serão assinados nas próximas horas, para além de quatro documentos técnicos relacionados com o processo de participação social, dois elementos decisivos para fazer avançar o processo de paz.
O negociador do Governo colombiano, Horacio Guerrero, assegurou à Efe que a assinatura de um cessar-fogo provisório constitui um "avanço fundamental" na negociação, e quando se registam avanços substanciais no diálogo com a guerrilha de inspiração guevarista fundada em 1964.
As mais recentes conversações em Havana para a assinatura dos protocolos iniciaram-se na passada segunda-feira, prevendo-se que ainda hoje o Governo e a ELN emitam um comunicado conjunto.
Para 03 de agosto prevê-se o início do cessar-fogo no terreno, incluindo uma missão de verificação, e da atividade do Comité Nacional de Participação, o organismo que deve assegurar o contributo da sociedade civil para o fim do conflito.
Após este terceiro ciclo de conversações em Cuba, prevê-se que as negociações retomem em 14 de agosto com o início de um quarto ciclo e de novo na Venezuela, onde se iniciaram as negociações em novembro passado.
As duas partes deverão decretar o fim das ações ofensivas, uma medida prévia até ao "cessar-fogo bilateral, nacional e provisório" de 180 dias.
Na semana passada, o Comando central (Coce) do ELN ordenou a todas as suas estruturas "que cessem as ações militares ofensivas contra as forças militares e de polícia em todo o território nacional", com o Presidente colombiano Gustavo Petro a assinar um decreto similar.
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