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China pede a EUA medidas concretas para atenuar preocupações com sanções

A China qualificou hoje como construtiva a visita da secretária do Tesouro norte-americana, Yanet Jellen, a Pequim e pediu a Washington que adote medidas concretas para responder às suas preocupações com sanções impostas contra empresas do país asiático.

China pede a EUA medidas concretas para atenuar preocupações com sanções
Notícias ao Minuto

08:27 - 10/07/23 por Lusa

Mundo Sanções

"As reuniões foram francas e construtivas e espera-se que Washington mantenha uma atitude pragmática e racional. Os Estados Unidos devem tomar medidas concretas para responder às preocupações da China sobre sanções e restrições", disse hoje o ministério das Finanças do país asiático, em comunicado.

O ministério referiu que, nos últimos anos, os EUA introduziram "sanções e medidas restritivas contra a China, que lesaram os interesses e direitos legítimos das empresas chinesas".

"Durante as reuniões com Yellen, o lado chinês reiterou as suas preocupações e pediu que os EUA removem as taxas alfandegárias punitivas impostas sobre bens importados da China, parem de reprimir empresas chinesas, tratem o investimento bilateral de maneira justa, não imponham controlos nas exportações para a China e cancelem a proibição de importação de produtos oriundos da região de Xinjiang", é indicado no comunicado.

A nota sublinhou que para uma relação económica bilateral ser saudável ambas as partes devem "respeitar os respetivos direitos e interesses legítimos da outra parte".

"A concorrência saudável deve seguir os princípios da economia de mercado e as regras da Organização Mundial do Comércio. A China está empenhada em continuar a abrir-se e sempre esteve empenhada em acelerar a criação de um ambiente de negócios baseado na Lei", acrescentou o comunicado.

As divergências entre os dois países "não devem ser motivo de distanciamento de ambas as partes", mas antes "motivo para fortalecer os intercâmbios e o diálogo".

Segundo Pequim, o desenvolvimento da China constitui "uma oportunidade e não um desafio para os Estados Unidos".

"A China e os EUA devem buscar o consenso. O desenvolvimento chinês traz benefícios, não riscos. O fortalecimento da cooperação é a opção certa para os dois países", concluiu o ministério.

As reuniões com Yellen "mostraram que a China está disposta a cooperar para enfrentar os desafios globais, incluindo a estabilidade macroeconómica e financeira global, as alterações climáticas ou problemas de dívidas soberanas", lê-se na mesma nota.

A visita de Yellen terminou com reuniões de alto nível para melhorar a comunicação entre os dois lados, especialmente na parte económica, embora ambos os países reconheçam que continuam a existir diferenças importantes.

Nos quatro dias que passou na capital chinesa, Yellen reuniu-se com os principais formuladores de política económica do país asiático, entre eles o primeiro-ministro, Li Qiang, o novo chefe do Partido Comunista Chinês (PCC) no banco central, Pan Gongsheng, o ministro das Finanças, Liu Kun, e o vice-primeiro-ministro, He Lifeng.

Yellen afirmou durante a visita que "uma separação entre as duas maiores economias do mundo seria desastrosa para ambos os países e desestabilizadora para o mundo", mas também expressou preocupação "com ações coercivas contra empresas norte-americanas" e pediu uma competição saudável "baseada em regras".

Os dois lados abordaram as restrições que os EUA impuseram no ano passado à exportação de 'chips' semicondutores para a China, uma medida que visa limitar a capacidade de Pequim de desenvolver supercomputadores, sistemas militares avançados ou sistemas de inteligência artificial.

Pequim respondeu com limitações à exportação de gálio e germânio, dois metais fundamentais para o fabrico de semicondutores, produto que está no centro das tensões comerciais e tecnológicas entre os dois países.

A deslocação de Yellen surge após uma visita realizada em junho passado pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na tentativa de reduzir a tensão entre as duas potências e evitar que a competição se transforme num conflito.

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