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Titan? CEO admitiu: Se houvesse problemas, não haveria "grande margem"

O responsável confessou que a cola usada para unir os componentes do Titan era “muito grossa”, assemelhando-se a “manteiga de amendoim”.

Titan? CEO admitiu: Se houvesse problemas, não haveria "grande margem"

O CEO da OceanGate, Stockton Rush, admitiu, num vídeo divulgado em 2017, que a cola que segurava o casco de fibra de carbono do submarino Titan era “bastante simples”, tendo revelado que não havia “grande margem para erros”.

Nas imagens, às quais poderá assistir abaixo, o responsável confessou que a cola usada era “muito grossa”, assemelhando-se a “manteiga de amendoim”.

Rush adiantou que o design do então Clyclops 2 era “bastante simples”, mas que, se houvesse problemas, não haveria “grande margem” de recuperação.

O vídeo retratava a montagem do submersível que transportava o empresário e explorador Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, Suleman Dawood, além de Stockton Rush, bem como o especialista no Titanic Paul-Henri Nargeolet.

Apesar da esperança de que os tripulantes pudessem estar vivos, depois de sons subaquáticos terem sido detetados na passada quarta-feira, a operação contrarrelógio teve um fim trágico com a localização de escombros na área dos destroços do Titanic, que correspondiam à parte exterior do submersível.

Na semana passada, as autoridades canadianas recolheram os destroços do submersível no porto de St. John’s, numa operação que contou também com o apoio da Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Mais tarde, o organismo revelou que foram encontrados possíveis "restos mortais" nestes componentes do Titan, que serão analisados por uma equipa médica.

De notar que James Cameron, o diretor do filme 'Titanic' que desenhou submarinos capazes de atingir uma profundidade três vezes superior à do Titan, equacionou que os críticos de Stockton Rush estavam corretos ao denunciar que um casco de fibra de carbono e titânio permitiria a entrada microscópica de água, levando a uma falha progressiva do veículo ao longo do tempo. Contudo, o CEO da OceanGate acreditava que a fibra de carbono teria uma relação força-flutuabilidade melhor do que o titânio.

Sublinhe-se ainda que, em 2018, um funcionário da OceanGate foi demitido por ter alertado para preocupações com o controlo de qualidade do Titan, tendo sido acusado pela empresa de quebra de contrato, fraude e apropriação indevida de segredos comerciais. O homem recusou as acusações e processou a entidade, num processo que foi resolvido fora do tribunal.

Já em 2021, a OceanGate assegurou que o submersível "foi construído e projetado em consulta com engenheiros e fabricantes especializados", além de incluir "vários sistemas de segurança".

A Guarda Costeira dos Estados Unidos continua a investigar o caso, de forma a apurar o que é que correu mal nesta expedição.

Apesar de ter um alerta a dar conta de que todas as expedições foram canceladas, a página que anuncia as missões comerciais e de carácter científico até aos destroços do Titanic continua ativa no site da OceanGate, mais de duas semanas após o desastre.

Leia Também: ROV encontrou destroços do Titan "pouco depois de chegar ao fundo do mar"

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