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Timor-Leste. IX Governo vai "marcar a diferença" com compromisso de ação

O primeiro-ministro timorense disse hoje que reuniu uma equipa experiente no novo executivo, para ser possível alcançar resultados concretos e imediatos, num compromisso comum de "marcar a diferença no plano, ação e gestão das responsabilidades".

Timor-Leste. IX Governo vai "marcar a diferença" com compromisso de ação
Notícias ao Minuto

14:13 - 01/07/23 por Lusa

Mundo Xanana Gusmão

"Proceder às necessárias correções, fazer mais e fazer melhor, é a plataforma comum de entendimento para a formação deste novo Governo. A nossa prática governativa será orientada pelos princípios de boa governação, de inclusão e pelo princípio de que todos devem obediência à lei", disse Xanana Gusmão, momentos depois de tomar posse como primeiro-ministro do IX Governo Constitucional.

"A nossa visão é de uma nação em que a sociedade é próspera e saudável, instruída e qualificada, inovadora e dinâmica, com acesso generalizado aos bens e serviços essenciais e onde a produção e o emprego em todos os setores produtivos correspondem aos de uma economia emergente", vincou.

Um dia depois de ser conhecido o elenco governativo, Xanana Gusmão referiu-se a algumas das polémicas já causadas, nomeadamente a dimensão do Governo e o recurso a elementos que já integraram anteriores executivos.

Trata-se, explicou, de um Governo assente numa aliança do seu partido, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) e do Partido Democrático (PD), com um "compromisso comum de restaurar o Estado de Direito Democrático", processo que considera ter recuado nos últimos anos.

"Percebo que existe uma amarga sensação de que afinal dei prioridade aos antigos membros do executivo do IV e do V Governos, de que fui primeiro-ministro. Posso compreender a deceção da sociedade timorense, quanto à falta de novos quadros políticos e técnicos", afirmou.

"É neste sentido, e para responder à preocupação da sociedade timorense, que eu quero explicar que foi absolutamente necessário trazer as pessoas já conhecedoras do sistema, para que os esforços de repor a legalidade possam trazer resultados concretos e imediatos", vincou.

Sobre o "desconforto" face à dimensão do executivo -- que com ele próprio é composto por 47 elementos -- o primeiro-ministro disse que foi necessária uma equipa desta dimensão porque "o Governo está comprometido a marcar a diferença, no plano, na ação e na gestão das responsabilidades".

No seu primeiro discurso depois de tomar posse, Xanana Gusmão recordou o momento, há 12 anos, em que tomou posse também como primeiro-ministro, assumindo de novo o que considera ser uma "pesada responsabilidade de prosseguir com os processos de construção do Estado e de construção da nação".

E referiu-se ao passado do país, ao arranque em 2002 como um Estado frágil "em todos os aspetos, desde a capacidade de gestão e funcionamento aos aspetos legais", e a vontade de passar para uma nova conjuntura política, de resiliência.

Agora, vincou, cabe dar continuidade a esse objetivo e ao que é a vontade de toda a sociedade timorense.

Uma vontade, disse, expressa pela população timorense nas eleições de maio, que deixou uma mensagem clara: "salvemos o Estado de Direito democrático, para caminharmos com otimismo pela senda do progresso".

E que se comprometeu a honrar, repetindo a mensagem que deixou clara nas últimas semanas, a de substituir qualquer membro do executivo que não cumpra a sua missão.

"A todo o povo jurámos, hoje, que tomamos plena consciência das nossas responsabilidades e sempre que qualquer um de nós se sentir incapaz de realizar a sua missão, não hesitará em pedir a sua demissão das funções em que foi investido", disse.

"Esta mensagem política vai marcar, decisivamente, a História da Nação, porque serve também como uma lição política para a futura Liderança do país, em ordem a não se cair nos mesmos erros que, a terem continuidade, levariam o nosso Estado a uma situação de Estado falhado", afirmou.

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