Os concertos de Taylor Swift estão a mover legiões e legiões de fãs por todo o mundo, mas a venda de bilhetes nem sempre tem ocorrido sem problemas. Agora, depois de uma nova confusão com os ingressos para os seus espetáculos, desta vez no Brasil, uma deputada brasileira decidiu agir contra o contrabando ilegal de bilhetes.
Esta semana, a deputada Simone Marquetto afirmou no Instagram que já reuniu assinaturas suficientes para apresentar a 'Lei Taylor Swift', uma proposta que pretende criminalizar o açambarcamento de ingressos para concertos e outras atividades, com uma pena de quatro anos de prisão e multas que podem atingir 100 vezes o valor original do bilhete.
"Tenho uma criança de onze anos em casa e eles só falam disto na escola. Tenho tantos pedidos para fazer algo que decidi apresentar esta medida", disse Marquetto, do Movimento Democrático Brasileiro, ao jornal brasileiro Estadão.
A proposta foi apresentada junto do Secretário Nacional de Defesa do Consumidor brasileiro.
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A iniciativa no Brasil surge depois de as datas anunciadas pela cantora norte-americana gerarem uma autêntica corrida às bilheteiras online pelo mundo inteiro. Muitos fãs ficaram frustrados com a venda de bilhetes para a passagem de Taylor Swift pela América Latina, com milhares de ingressos a serem comprados em massa para venda ilegal a preços muito acima do valor original, e com os mesmos traficantes de bilhetes a 'entupirem' os servidores dos sites de venda online.
Até presencialmente isto tem levado a episódios de tensão, com a venda física em São Paulo e no Rio de Janeiro a acabar em violência contra pessoas que estavam a comprar vários bilhetes. Segundo o Globo, as autoridades brasileiras detiveram dez pessoas na terça-feira precisamente por tentarem açambarcar ingressos.
Mas os problemas deste género com os concertos de Taylor Swift não são novos.
Em dezembro do ano passado, a gigante Live Nation Entertainment, que é dona da empresa de venda internacional Ticketmaster (e que recentemente comprou a promotora que gere a Altice Arena) foi processada por milhares de 'Swifties', pelo "desastre de venda de bilhetes" nos dias 15 e 16 de novembro, quando o site foi abaixo perante a procura elevada. Na altura, a empresa, decidiu cancelar a venda ao público no dia 18, enfurecendo os fãs.
Já este ano, em janeiro, o Comité Judiciário do Senado norte-americano começou uma comissão parlamentar para avaliar as práticas de monopólio da Ticketmaster, que acaba por gerir isoladamente as vendas de bilhetes para os principais concertos dos Estados Unidos, e em várias partes do globo.
Taylor Swift vai passar pelo México, Brasil e Argentina durante o mês de novembro deste ano, com dois espetáculos no Rio e três em São Paulo. A digressão não está prevista passar pelo Chile, mas o fenómeno protagonizado por Swift é tão grande que até o presidente do país, Gabriel Boric, escreveu à cantora para que considerasse parar pelo Chile.
Na terça-feira, Taylor Swift anunciou 42 datas para a sua 'The Eras Tour' no continente europeu, com Lisboa a receber a artista no dia 24 de maio de 2024. Será nessa data que a cantora vai estrear-se em Portugal, depois de ter sido anunciado um concerto para o NOS Alive de 2020 (que acabou por não se realizar devido à pandemia).
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