"A reprovação da reforma laboral é muito grave. Demonstra que a vontade de paz e de pacto social não existe no poder económico. Os donos do capital dos 'media' conseguiram cooptar o Congresso (parlamento) contra a dignidade do povo trabalhador", disse Petro na sua conta Twitter.
A reforma laboral que foi rejeitada previa o reforço dos direitos dos trabalhadores e dos sindicatos, alargando o período em que deve ser pago o trabalho noturno e duplicando o salário nos domingos e feriados, entre outros.
No entanto, não ficou decidido se esta reforma poderá voltar a ser debatida no período extraordinário de sessões.
O Governo já optou por adiar para a próxima sessão legislativa, prevista para 20 de julho, as suas grandes reformas, incluindo a laboral, que poderá registar "ajustamentos" e "novos acordos com os setores".
Petro, o primeiro Presidente de esquerda que assumiu o poder na Colômbia, assegurou que "o Governo da mudança não abandonará os interesses da trabalhadora e do trabalhador" pelo facto de "os donos do capital e dos 'media'" considerarem que "os lucros proveem da escravatura, dos longos dias de trabalho e da completa instabilidade laboral".
O fim do apoio parlamentar ao Governo de partidos mais à direita está na origem do bloqueio da reforma laboral e de diversos projetos-lei, que poderão forçar Petro a novas negociações no Congresso.
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