De acordo com os programas, Díaz-Canel visita na terça-feira o Vaticano, onde se reúne com o Papa Francisco, e tem também esta semana uma reunião com o presidente brasileiro, Lula da Silva.
Não foram dados detalhes sobre as questões que a discutir nesta reunião, mas a agência EFE lembra que ambas as partes têm pendente a questão dos presos e condenados nos maiores protestos antigovernamentais em Cuba em décadas, principalmente pacíficos e espontâneos.
De acordo com a Justiça 11J e os Defensores dos Prisioneiros, as autoridades detiveram milhares de pessoas e mais de 700 foram condenadas, incluindo jovens de 16 e 17 anos, alguns com sentenças de 30 anos.
Em fevereiro, quando visitou a ilha, o Papa Francisco pediu ao governo cubano - através de um enviado especial, o cardeal Beniamino Stella - a libertação desses prisioneiros.
"É importante que os jovens que em determinado momento expressaram o seu pensamento da forma como os conhecemos possam regressar às suas casas", disse Beniamino Stella, sublinhando que o Papa "deseja" a "liberdade" dos reclusos.
Díaz-Canel viaja depois para Paris para, na quinta e sexta-feira, participar da cimeira por um Novo Pacto Financeiro, iniciativa do presidente francês Emmanuel Macron, na qual o cubano participa porque Cuba detém a presidência rotativa do Grupo dos 77 e China (G77+China).
A última etapa da viagem europeia de Díaz-Canel é a Sérvia, onde chega sábado, país para o qual os cubanos podem viajar sem visto, política revertida em abril, justificada pelo facto de muitos migrantes da ilha usaram o país como trampolim para entrar na União Europeia (UE).
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