Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 21º

Líder de órgão anticorrupção das Honduras deixou país após ameaças

A responsável do Conselho Nacional Anticorrupção (CNA) de Honduras deixou o país no domingo por ameaças à sua segurança, disse Carlos Hernández, diretor da Associação por uma Sociedade Mais Justa, filial local da organização Transparência Internacional.

Líder de órgão anticorrupção das Honduras deixou país após ameaças
Notícias ao Minuto

06:25 - 19/06/23 por Lusa

Mundo CNA

Gabriela Castellanos deixou Honduras depois de ser "sujeita a uma série de ameaças à sua segurança e da família", disse Hernández aos jornalistas.

"Acreditamos que as Honduras devem procurar mecanismos para proteger o espaço cívico. Deve haver tolerância para a crítica e o debate, mas não chegar ao extremo de ameaçar a integridade física de pessoas que lutam contra a corrupção, é uma ação cobarde", sublinhou.

Desconhece-se para que país viajou Castellanos e a família.

Hernández disse que "este ataque" contra Castellanos é "inaceitável" e espera que "existam condições" para o seu regresso e para descobrir de onde vieram as ameaças.

"Sabíamos que havia uma intenção macabra da assembleia do Conselho [Anticorrupção] de a demitir", afirmou.

A diretora do órgão anticorrupção, CNA, Gabriela Castellanos, apresentou na sexta-feira uma queixa à Comissão Nacional dos Direitos Humanos (Conadeh) das Honduras por "estar em situação de risco".

"A queixa foi admitida para processamento e a Conadeh tomará as medidas necessárias para garantir a vida e a integridade da peticionária", disse o órgão de direitos humanos, numa mensagem na rede social Twitter.

Nos últimos dias, Castellanos tem recebido ameaças constantes depois de ter denunciado num relatório um elevado nível de "nepotismo" no Governo chefiado pela Presidente Xiomara Castro e de ter alertado para "uma concentração de poder" no país.

"O nepotismo que surgiu com a instalação do novo Governo deu espaço para visualizar a iminente concentração de poder que está a funcionar no atual Governo da Presidente", indicou a CNA, num relatório divulgado a 24 de maio.

O documento, intitulado "Concentração de poder", aponta que "cargos estratégicos e aqueles que exigem um contrapeso são dirigidos por membros da mesma estrutura política e por membros da mesma família, causando a monopolização institucional por uma minoria".

Um dia depois, a presidente hondurenha rejeitou o relatório do CNA e afirmou que o seu Governo e sua família sofreram "ataques tendenciosos" do órgão anticorrupção.

Leia Também: China e Honduras estão a iniciar "nova etapa histórica"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório